Está
aberta à bolsa de apostas para a eleição da presidência da Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Depois da tentativa frustrada do atual
presidente Elson Santiago (PEN), de antecipar a eleição para o mês de dezembro,
para se cacifar e se manter no comando como representante da maior bancada, na
Casa, a novela promete ganhar novos atores.
A
briga promete esquentar, já que os sete deputados do Partido Ecológico Nacional
(PEN), não chegaram a um entendimento em torno do nome de Santiago, e a legenda
sinaliza tem o maior número de postulantes ao cargo de presidente da Aleac.
Élson Santiago, Astério Moreira e Helder Paiva figuram como virtuais candidatos
da maior bancada da Casa.
O nome
de Geraldo Pereira (PT), que ocupa a liderança de seu partido no Poder
Legislativo também é um dos nomes citados nos bastidores da Aleac. Segundo
deputados da base governista, Helder Paiva (PEN) seria um dos entusiastas da
candidatura do líder petista, que numa eventual confirmação contaria com o
apoio do pastor Paiva.
Além
de administrar um dos maiores orçamentos de instituições públicas no Acre, de
R$ 142 milhões, o presidente da Aleac conta ainda com um segundo atrativo, que
é a verba de representação que seria de 20% do valor do salário de R$ 20 mil. O
1º secretário também é beneficiado com 15% e o 2º secretário teria direito a
10%.
Nas
rodas de conversa dos 24 deputados estaduais, as vantagens dos administradores
da Aleac é assunto divergente. A oposição afirma que o objetivo não seria
apenas administrar a Casa, mas ficar bem no governo e obter cargos fora da
estrutura do Poder Legislativo, concedendo cargos públicos aos detentores de
cargos na Mesa Diretora.
O
poder de barganha seria o maior atrativo dos concorrentes ao cargo máximo do
Poder Legislativo. Todos os projetos do Pode Executivo são colocados em pauta e
negociados entre os blocos partidários pelo presidente da Aleac, que tem as
portas do Governo do Acre escancaradas para suas reivindicações.
Correndo
por fora na bolsa de apostas que tem como maior voto de maior peso, o
governador Sebastião Viana (PT), vem o líder do governo, Moisés Diniz (PCdoB),
que não oficializou seu nome como candidato, mas sonha em presidir o
legislativo. O comunista espera que um acordo construído no início da
legislatura seja cumprido.
Enfrentando
todo desgaste pela árdua função de servir de para-choque do Governo do Acre,
por dois mandatos consecutivos, Moisés Diniz demonstra fidelidade ao projeto da
Frente Popular. O comunista continua negando sua candidatura e prega que o
ungido passe pelo consenso dos líderes partidários da coligação.
Passada
a ressaca das urnas, os membros do PEN querem cobrar a fatura e exigem maior
espaço na administração de Sebastião Viana. Uma das exigências seria manter a
presidência da Aleac, nas mãos dos ecológicos, fator que quebraria o acordo de
ceder os dois últimos anos de comando da Casa, ao sempre fiel escudeiro dos
governantes petistas, Moisés Diniz.
Nesta
empreitada pela busca de espaço e poder, cinco nomes surgem como os mais
cotados. O atual presidente, Élson Santiago, o presidente do PEN Astério
Moreira, o sempre cotado Helder Paiva, o técnico de finanças Geraldo Pereira e
Moisés Diniz, o homem que comanda a tropa de choque em defesa do governo.
Os
cargos de 1º secretário e 2º secretário também estariam em jogo. As duas
funções são de ordenadores de despesas. A primeira secretaria já estaria
pré-definida e permaneceria com Ney Amorim (PT), já a segunda secretaria poderá
ser negociada entre os deputados do PEN e do PSDC de Eber Machado e Edvaldo
Souza.
A
contenda de bastidores envolve todo um jogo político que teria como pano de
fundo, as eleições de 2014. Os deputados do PEN deixam claro em conversas pelos
corredores da Aleac, que o partido não estaria sendo contemplado pelo Governo
do Acre, como merece e de acordo com sua representação no Poder Legislativo.
As
ambições dos ecológicos são muitas. Entre as reivindicações estaria a vaga de
vice, na chapa de Sebastião Viana à reeleição ao Governo do Acre, duas vagas
para disputa de deputado federal e a candidatura à sucessão do senador Aníbal
Diniz (PT). O primeiro passo seria manter o comando político e financeiro da
Assembleia Legislativa.
O
PCdoB, partido de sustentação do PT há mais de 20 anos, corre o risco de ser
preterido na eleição da Aleac. Na preocupação de manter uma linha de defesa
intransigente do governo petista, Moisés Diniz estaria deixando de fazer a
parte política dos conchavos e blefes, pregando a lei do consenso numa disputa
de medalhões.
Os
nomes estão colocados no tabuleiro da briga pela presidência da Aleac. Algumas
dúvidas ainda persistem, se a ambição do “grupo dos sete”, do PEN, que luta por
mais espaço na máquina pública vai prevalecer sobre a fidelidade dos comunistas
que mesmo diante dos percalços defendem as bandeiras empunhadas pelo PT.
Fonte: Jornal Ac 24horas
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