Com o argumento
de que precisam oferecer uma vida melhor às famílias, cerca 40 mulheres
acreanas estão se prostituindo em Porto Velho e fazem da avenida Carlos Gomes
uma passarela, onde os corpos são expostos à clientela. Elas vêm de bairros pobres de Rio
Branco e defendem o trabalho como uma forma normal de alcançar conforto
para si e para os parentes. Também estão entre elas um pequeno grupo de
transexuais, cuja atividade não é diferente. Para cada uma há uma história que
precisa ser superada todas as noites.
Segundo
as próprias prostitutas, o dinheiro fácil e o maior número de clientes é o
principal atrativo de Porto Velho. Para um dos transexuais que, para
preservar a imagem, optou por usar o codinome “Susy”, o grande sonho é poder
dar um conforto melhor para sua família.
Amigos e inimigos
“Estou
em Porto Velho há três anos. Fiz muitas amizades, consegui fazer bons contatos,
amigos e também inimigos. Consigo mandar um bom dinheiro para minha mãe, que
hoje pode pagar suas contas e fazer uma feira boa no fim do mês. Minha vida na
noite não e fácil, não gosto de vender meu corpo, mas não tinha outro jeito, eu
acho que esse é o meu destino”.
Ele
reclama do preconceito, mas considera positivo o fato de que consegue
sobreviver com o dinheiro obtido nestas jornadas.
Facilidade
A
procura no mercado da prostituição sempre foi grande e, por duas horas, as
garotas de programa cobram entre R$ 100 e R$ 500. De acordo com um dos
clientes, que não quis se identificar, “procurar uma mulher na noite
rondoniense é muito fácil e cômodo”. Ele explica, ainda, que as jovens realizam
os desejos de cada homem. “Encontramos mulheres de vários locais, não só do
Acre, mas também de Belém, de Manaus e outras cidades. Essas meninas topam tudo
que você não consegue realizar dentro de casa”, revela.
Uma
das garotas acreanas, que se identifica como Suely, diz que trabalhar nas noites
rondonienses é um desafio. “Temos que matar um leão por dia, pois além de ter
várias garotas trabalhando no mesmo ramo, a concorrência pelo espaço é
acirrada. A noite tem a sua lei e ela pode ser violenta, muitas vezes
precisamos nos defender e procurar alívio em outras coisas. Acredito que
nenhuma mulher gosta de ganhar a vida assim, infelizmente estou ganhando minha
vida com isso, não tenho vergonha nenhuma”, relata.
Fonte: Jornal Ac24horas
Quero vender o meu, mas não sei por onde começo :'(
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