Delegado Samuel Mendes |
Indagado sobre os comentários que foram ventilados na mídia sobre
uma possível invasão de domicílio do Vice-Prefeito eleito Chagas Batista, PC do
B, de Tarauacá-AC, na manhã do dia 06(terça-feira), fato esse que mobilizou o
cenário político do município, inclusive com repercussão na capital Rio Branco,
distante 385 km da capital.
“Como todos os dias ao chegar à Delegacia, iniciei a rotina
ordinária de trabalho, às 8h, quando por volta das 10h30min, esta foi quebrada
por uma ligação, a qual informava que as testemunhas (Lauany e uma outra menor
de idade) de uma AIJE(Ação de Investigação da Justiça Eleitoral) estariam
naquele momento na casa do então Vice-Prefeito eleito Chagas Batista sendo
coagidas a mudarem seus depoimentos anteriormente prestados naquele
procedimento”.
Sabe-se que tanto a Polícia Federal como a própria Polícia Civil,
a qual tem caráter residual, ou seja, na ausência da Polícia Federal, a Polícia
Civil faz os procedimentos investigativos para esclarecer fatos.
“Agindo de prontidão com o dever do ofício, tendo em vista a
situação de um possível flagrante, haja vista a suposta materialização do crime
previsto no artigo 343 do Código Penal, de forma incontinente, mobilizou os
agentes disponíveis na delegacia naquele momento com o escopo de averiguar a
veracidade da informação prestada”.
Conforme está previsto no Código de Processo Penal na forma do
artigo 301 – Qualquer cidadão poderá e as Autoridades Policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
“Chegando ao local, bati palmas, apresentou-se uma senhora por
nome Célia, a qual identificou-se como empregada da residência. Identifiquei-me
como Delegado e após, expliquei sobre a denúncia que apontava a possível coação
de testemunhas naquela residência. Meio assustada, porém compreendendo a
situação, aceitou que fosse feita a averiguação no local, mediante assinatura
em termo de autorização para adentrar na residência”
Por ser a única responsável no momento, sua autorização é
perfeitamente válida, já que a empregada avocou a responsabilidade da guarnição
da residência.
“Ocorre que em conversa com a empregada, por sinal, uma conversa
bem harmonioza, perguntei-lhe se havia alguma garota na casa, sendo a resposta
dela negativa e com o objetivo de ratificar sua resposta, ela disse que
poderíamos procurar pela casa, pois não seria encontrada garota alguma. Logo,
reitero, com autorização da empregada, buscas foram feitas pela casa, sendo
encontrada uma garota aos fundos da residência trabalhando, que era a
testemunha a qual estava sendo procurada”.
Continuou:
“Esse cenário só veio a corroborar com tudo que consta nas
investigações, motivo pelo qual todas as pessoas que estavam na casa foram
conduzidas à Delegacia para prestarem esclarecimentos”.
Que o Delegado está na regional Tarauacá-Envira há aproximadamente
7 meses, que pelo excesso de demanda em seu trabalho, não tem uma convivência
sociopolítica, ao ponto de desconhecer tanto o prefeito eleito quanto o seu
vice. Que não se encontrava na região no período eleitoral, só retornando de
tratamento de saúde após as eleições. Que seu trabalho se restringe tão somente
às questões técnicas. Que quanto às supostas acusações de envolvimento em
armação política, as pessoas que deram margem a elas, certamente responderão
judicialmente por crimes contra a honra.
“Não tenho qualquer vínculo com a política partidária, apenas faço
meu trabalho conforme as diretrizes da lei e da moral, agindo de forma
imparcial em meus procedimentos.”
Concluiu o Delegado Samuel.
fonte: Portal políticadoacre
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