A jovem Odete Barreto, de 22
anos, afirma que ainda sente fortes dores depois que teve a barriga cortada e o
bebê roubado em setembro deste ano, em Manaus (AM). Ela passou um longo período
internada e diz que ainda não está totalmente recuperada.
- Ainda sinto dores fortes. Não
quero mais viver em Manaus, isso foi um trauma. Meu filho de dois anos viu tudo
e ainda acorda de madrugada contando que me viu desacordada com a barriga
aberta.
Na terça-feira (27), a Justiça
determinou que Daiana dos Santos, de 21 anos, passe por um exame de sanidade
mental antes de ser julgada. O juiz informou que há indícios de problemas
mentais pelos depoimentos prestados pela suspeita. Ela disse que foi
influenciada pelo diabo a cometer o crime e contou que não se lembra de nada.
Daiana relatou que conheceu a
vítima três dias antes e que depois a encontrou em um posto de saúde, onde
convidou a jovem para doar roupas de bebê. Já na casa da acusada, a vítima foi
atingida com uma tábua na cabeça e desmaiou. Com uma lâmina de barbear, Daiana
abriu a barriga da gestante e retirou o bebê. Ela saiu da residência com a
criança e uma vizinha encontrou a jovem desmaiada com a barriga aberta quase
uma hora depois. O filho de Odete, de dois anos, viu toda a cena e chorou
bastante, o que despertou os vizinhos.
Ela decidiu roubar a criança logo
após descobrir que não estava grávida, como imaginava. Durante depoimento, ela
disse que é uma pessoa bastante triste e depressiva, além de consumir remédios
fortes. O laudo sobre o estado de saúde dela deve ficar pronto em 15 dias.
Depois do resultado, a Justiça decidirá se ela deve ir a júri popular.
Odete confirmou que conheceu a
acusada antes do crime e foi atraída pelas doações de roupa para a bebê. Ela
contou que só se lembra do primeiro golpe e depois acordou no hospital e
recebeu a notícia que a criança foi roubada. A menina foi encontrada e mãe e
filha passaram mais de 15 dias internadas. A jovem chegou a passar por uma
cirurgia.
A enfermeira que realizou o
atendimento e a dona da casa em que a suspeita morava também foram ouvidas. De
acordo com o médico Décius Gama, ela chegou com um quadro hemorrágico e com
dificuldade respiratória. A criança teve um corte no braço e nas costas.
Daiane foi denunciada por
tentativa de homicídio e está em uma cela especial, isolada das outras presas,
na Cadeia Feminina do Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Ela já tentou
suicídio algumas vezes e também sofre constantes ameaças das outras detentas.
Fonte: Jornal R7.com
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