O irmão da paciente
encontrada mortano terceiro subsolo do Hospital das Clínicas, em
Salvador, na tarde de sexta-feira (30), denuncia falta de segurança do
hospital. Segundo Paulo Roberto, ele só foi comunicado do desaparecimento da
irmã 10 horas após ela ter sumido.
"Ela estava internada há 23
dias com anemia falciforme. Ela desapareceu na quarta-feira [28] à noite, mas o
hospital só me informou na quinta-feira [29], às 10h. Foi difícil aceitar. Eu
estranhei muito e não acreditei. Procurei a coordenação da enfermagem, o
serviço social. Foi uma falta de segurança, de amor ao próximo", relata
Paulo Roberto.
O G1 entrou em contato
com a assessoria de imprensa do Complexo Hospitalar Universitário Edgar Santos,
conhecido como Hospital das Clínicas e vinculado à Universidade Federal da
Bahia, que informou que não irá se pronunciar sobre o caso até que seja
divulgado o resultado da perícia.
De acordo com o boletim de
ocorrência do hospital, a vítima foi encontrada na sexta-feira em estado de
gigantismo no fosso do hospital. O levantamento cadavérico foi feito pelo
delegado plantonista Juvêncio Neto e o corpo deslocado para o Instituto Médico
Legal (IML).
A vítima tinha 48 anos e morava
com a família no bairro do Cabula, na capital baiana. Ela não tinha filhos.
Paulo Roberto conta que falou com ela pela última vez ainda na quarta-feira.
"Eu fui levar um netbook [computador portátil] pra ela. Ela estava normal,
sem esboçar uma reação diferente. Não tenho a mínima ideia do que
aconteceu", relata.
A assessoria de comunicação da
Polícia Civil informou através de nota que o Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da
morte. De acordo com a polícia, o diretor do Hospital e todos os funcionários
que trabalhavam no turno da noite foram chamados para prestar depoimento. Além
disso foram solicitados os exames periciais da vítima e do local, além das
imagens das câmeras de segurança da unidade hospitalar.
Fonte: G1.com
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