As
redes sociais vêm sendo usadas por jovens de Rio Branco para desafiar grupos rivais de bairros
da capital. Dois perfis conhecidos como Calafate City e Facção Sobral expõem
armas brancas e de fogo a público.
No
início do mês passado, centenas de pessoas viveram cenas de terror no Terminal
Urbano da capital acreana, quando integrantes de duas gangues rivais decidiram
duelar. Armados com facas e punhais, os jovens, em sua maioria estudantes,
causaram uma confusão generalizada.
"Todo
mundo sabe que até morte já aconteceu aqui no terminal, não é segredo para
ninguém", diz o funcionário público Paulo Roberto.
Nos
bairros citados no perfil da rede social, a violência existe, mas o medo dos
moradores sempre fala mais alto. A ação desses jovens faz com que muitos
moradores se isolem, instalando grades para proteger suas residências.
"Sempre
tem morte, briguinha de gangue mesmo. O motivo sempre é a droga", diz um
morador que preferiu não se identificar.
Poucos
são os que se arriscam a ficar nas ruas, inibidos pela presença dos integrantes
dos grupos. Diante da problemática, os moradores se uniram e juntos tentam
evitar a presença das gangues. Ainda assim, reconhecem que esses grupos agem de
forma violenta na região.
"O
maior envolvimento é a questão da droga e sempre os adolescentes estão no
meio dessas gangues", comenta outro morador.
PM
conhece ação dos grupos
De acordo com comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (PM), José Messias, para os confrontos, os membros dos grupos buscam territórios neutros, onde promovem a violência sem que um invada o espaço do outro. O comportamento é conhecido bem, de acordo com a Polícia Militar de Rio Branco.
De acordo com comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (PM), José Messias, para os confrontos, os membros dos grupos buscam territórios neutros, onde promovem a violência sem que um invada o espaço do outro. O comportamento é conhecido bem, de acordo com a Polícia Militar de Rio Branco.
O
comandante diz que o 4º Batalhão da PM, fica localizado no bairro onde um
desses grupos diz pertencer, e conta que as brigas costumam ser marcadas pela
internet. Os perfis dos grupos são monitorados e quando se identifica algum
comportamento estranho, a segurança no local é reforçada.
"Não
temos conhecimento de nenhuma ligação dessas pessoas que estão postando essa
mensagens com crimes nos bairros. Na verdade são mensagens de supostas rixas
entre esses grupos", comenta.
De
acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre,
em breve será realizada uma operação no Bairro Calafate para combater o crime
na região. O perfil exposto na rede social que apresentava o nome Calafate City
teve suas postagens apagadas nesta sexta-feira (22).
Fonte: G1.com/AC
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