Quando se faz um recorte na taxa
de intenção de voto de Dilma Rousseff para presidente (29% a 30%, segundo o Datafolha),
nota-se que a presidente se sustenta com base em eleitores do Nordeste, mais
velhos, menos instruídos e os que vivem no interior.
O cenário ainda mais provável
para a sucessão de 2014 inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e
Eduardo Campos (PSB). Eles pontuam 30%, 23%, 17% e 7%, respectivamente.
Mas veja o que acontece com os
30% Dilma Rousseff quando se estratifica o resultado:
- Região: a presidente tem 45% no
Nordeste contra apenas 22% no Sudeste, 27% no Sul e 28% no Norte/Centro-Oeste;
- Natureza do município: Dilma
tem 24% em capitais e regiões metropolitanas e 34% em cidades do interior;
- Idade: a petista tem 33% entre
os eleitores de 60 anos ou mais e 27% na faixa de 16 a 24 anos;
- Escolaridade: Dilma tem 38% dos
votos dos eleitores com ensino fundamental, mas só 19% daqueles que têm curso
superior;
- Renda familiar mensal:
a presidente recebe o apoio de 36% da faixa até 2 salários mínimos e 19% no
grupo que ganha mais de 10 salários mínimos.
O que tudo isso significa? Que o
voto de Dilma Rousseff é bem menos homogêneo do que foi em levantamentos
passados. E que os apoios estão no estrato do eleitorado que até hoje mais se
beneficiou das políticas sociais petistas.
Nesse cenário (a petista contra
Marina, Aécio e Campos), Dilma Rousseff já perde numericamente para Marina
Silva no Sudeste (24% a 22%) e no Norte/Centro-Oeste (30% a 28%). A diferença
percentual nesses casos está dentro da margem de erro, mas ainda assim é um
sinal inédito para a presidente no atual ciclo eleitoral.
Entre os jovens de 16 a 24 anos,
Marina Silva tem 31% contra 27% de Dilma.
No caso dos eleitores com nível
superior, a diferença é grande: Marina vai a 33% contra apenas 19% de Dilma.
Fonte: Jornal Ac24horas
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