Assim como Marina, Campos é
virtual candidato à Presidência da República. Há, entretanto, um desejo do PSB
de ter a ex-senadora, que recebeu 19,6 milhões de votos na disputa presidencial
de 2010, como vice na chapa do governador.
A união entre Marina e Campos tem
o objetivo de formar uma consistente terceira via na corrida ao Planalto, em
contraposição à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e à
postulação do oposicionista Aécio Neves (PSDB).
Em sua entrevista ontem, Marina
já havia dito que sua decisão levaria em conta o desejo de "quebrar"
a polarização política existente no país. Desde 1994, PT e PSDB são os
principais antagonistas no cenário político nacional.
Na sexta-feira, enquanto Marina
Silva discutia seu futuro com aliados, o primeiro contato de Eduardo Campos foi
feito. Em seguida, ele pegou um avião para Brasília para ter uma conversa
pessoalmente com a ex-senadora.
FRACASSO DA REDE
A decisão de migrar para o PSB
foi tomada após a Rede Sustentabilidade não ter passado no teste das
assinaturas, conforme decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última
quinta-feira (3). Para disputar as eleições de 2014, ela precisa estar filiada
a um partido político até hoje.
O Tribunal negou o registro por 6
votos a 1, após concluir que seus organizadores não alcançaram o respaldo
popular exigido pela legislação, de pelo menos 492 mil eleitores --faltaram
quase 50 mil assinaturas.
As esperanças da Rede começaram a
ruir logo no início da sessão, com o voto da relatora do processo, Laurita Vaz,
que considerou "inconcebível no ordenamento jurídico" o pedido da
Rede para que o TSE aceitasse quase 100 mil assinaturas rejeitadas sem justificativa
pelos cartórios eleitorais nos Estados.
Depois do naufrágio no TSE,
Marina passou a discutir o convite recebido por oito legendas, tendo centrado
seu foco no PSB e no PPS devido a dois fatores: serem duas legendas com
integrantes e atuação relativamente similar à da Rede Sustentabilidade e terem
já estruturas montadas nacionalmente e nos Estados.
De acordo com a última pesquisa
do Datafolha, do início de agosto, Dilma lidera a corrida para 2014, com 35%
das intenções de voto. Marina tinha 26%. Aécio (13%) e Campos (8%) vêm logo em
seguida.
Fonte: Contilnet
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