O
que poderia ser uma quinta-feira comum para a maioria dos acreanos que
transitam no centro de Rio Branco, acabou se tornando um pesadelo que
acontece corriqueiramente nas grandes metrópoles do país, digno das grandes
produções de Hollywood. A violência mais uma vez foi a protagonista do caos
instaurado no Acre.
Uma
dupla de assaltantes invadiu uma casa lotérica localizada no cruzamento
das ruas Marechal Deodoro e Rui Barbosa, no coração da cidade, próximo ao
Estádio José de Melo. Ao anunciar o assalto, os bandidos esperavam dominar a
situação e sair rápido do local. Não foi o que aconteceu. Em questão de minutos
eles foram cercados pela Polícia Militar. Ao perder o controle da situação, o
grupo resolveu fazer as pessoas que estavam dentro da lotérica de reféns.
As portas do estabelecimento foram fechadas e a partir dai deu inicio uma
negociação que durou quase sete horas.
Moisés
do Nascimento Santos, 22 anos, apontado como líder da quadrilha, estava com
mandado de prisão em aberto há 13 dias. A prisão dele foi decretada pela juíza
da Vara de Execuções Penais Luana Campos. Condenado a 4 anos e dois meses de
cadeia por tráfico de drogas, desde agosto deste ano o assaltante cumpria pena
no regime semiaberto. O outro comparsa, identificado pelo nome de Antônio,
conhecido pelo apelido de “Dunga” é morado do Papoco e tem passagem pela
policia pelo crime de furto. A informação que existia uma mulher envolvida no
assalto era falsa.
Após
muita conversa e intenção da PM, os bandidos resolveram se entregar. A
ação foi acompanhada pela imprensa, representantes dos direitos humanos e
familiares.
Era
16h20 quando as últimas pessoas que ficaram na mira de uma pistola foram
liberadas. Após intensa negociação, os assaltantes entregaram a arma e foram
levados em uma viatura do Bope para a Delegacia de Flagrantes, em Rio Branco.
O
comandante da Policia Militar, Cel. Anastácio, concedeu entrevista após o
desfecho do assalto. Ele ressaltou os direitos dos assaltantes e a liberação
das vitimas sem nenhum incidente mais grave. “O Estado vai ajudar as
vitimas da melhor maneira possível”, disse .
Com
o inicio das negociações, o comando da Polícia Militar e o Departamento
Estadual de Transito do Estado resolveram isolar as imediações. O prédio do
Ministério Público e as lojas próximas do local do assalto foram
evacuados. O tráfego do transito foi totalmente transferido para a quarta
ponte.
Comandante
na Negociação
O
comandante da Polícia Militar do Acre, coronel José Anastácio, estava no local
e acompanhou as negociações. Ele informou que os assaltantes exigiam colete à
prova de balas e um carro para fugirem.
A
polícia entregou aos assaltantes os coletes. Familiares do grupo chegaram ao
local tentando negociar a rendição deles junto a policia.
De
dentro da lotérica, o grupo se apropriou dos telefones celulares dos reféns e
efetuavam ligações para o CIOSP informando assaltos em lugares espalhados pela
cidade. A tática era para espalhar o efetivo da policia que naquele momento
estava totalmente concentrado na operação para libertar os reféns e prender os
assaltantes.
Passados
mais de 4 horas de negociações, os bandidos soltaram gradativamente vários
reféns. A policia não tinha um número de quantas pessoas estavam a mercê dos
bandidos no interior da lotérica. Informações de pessoas que foram libertadas
informavam cerca de 20 pessoas. Dos reféns, segundo fontes de ac24horas, pelo
menos dois eram policiais.
As
pessoas que iam sendo libertadas foram conduzidos para uma sala no prédio ao
lado da Casa Lotérica, onde o serviço de inteligência da PM coleta informações.
Paramédicos também estão à disposição dos reféns. As informações ainda são
desencontradas.
Atiradores
de Elite foram acionados
No
inicio da tarde, um vários atiradores de elite foram espalhados pelos prédios,
nas proximidades da lotérica Boa Sorte. Um deles foi visto por ac24horas na cobertura do
banco Santander, em frente ao local do assalto. O atirador aponta a arma para a
lotérica. Um outro policial civil foi fotografado pelo repórter Eduardo
Duarte, da equipe do G-1.
Até o o Helicopetero João Donato, o famoso Estrelão, deu o ar da graça na operação para libertar os reféns. A aeronave pousou em frente ao Terminal Urbano, distante cerca de 500 metros do local do assalto. “O assaltantes exigiram que não queriam o helicóptero no ar”, disse um policial que atendeu a ocorrência.
Fonte: Jornal Ac24horas
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