Nos últimos dias, de 6 a 10 de
maio, o Rio Madeira voltou a subir 23 cm, depois de baixar mais de 2 metros
desde a cota máxima de 19,70 metros, registrada no último dia 30 de abril. Os
moradores das áreas afetadas pela cheia, que já se preparavam para voltar a
suas casas, foram surpreendidos com o novo cenário.
A coordenadora Operacional do
Centro Regional do Sipam, em Porto Velho, Ana Strava, explica que a elevação
repentina do repique do rio está associada a chuvas concentradas na região do
Alto Madeira. No caso dos últimos dias, as maiores precipitações aconteceram
nas bacias dos rios Beni e Mamoré (veja gráfico abaixo). O meteorologista do
Sipam Luiz Alves acrescenta que nos últimos 30 dias, o volume de chuva que caiu
na bacia do rio Madeira foi considerado normal de acordo com as informações
obtidas pelo Climate Prediction Center (CPC) dos EUA. Somente pequenas áreas no
extremo norte e no noroeste da Bolívia, que inclui a região do rio Beni, e
sudoeste de Rondônia, verificaram-se precipitações acima da média nesse
período. Esse volume concentrado, às vezes, é suficiente para manter e até
elevar o nível dos rios dessas regiões. A partir do dia 16/05/2014, Luiz
observa que a chuva deve se concentrar apenas na Amazônia boliviana, com
volumes esperados variando de 20 a 50 mm. “Esta chuva prevista apresenta um
volume, com desvios que variam de 25 a 35 mm a mais do que o normal. As demais
áreas terão chuva dentro da normalidade na bacia dentro deste período”,
ressalta.
Novos repiques: A redução das
chuvas em geral leva o nível do rio a baixar, porem em um ritmo mais lento do
que o desejável. Porém ainda são esperados novos repiques, pois “a chuva
concentrada na bacia do rio Beni, provoca uma rápida elevação do nível do rio
Madeira, especialmente nas localidades de Nova Mamoré, Abunã e Porto Velho”,
como explica a coordenadora de Operações do Sipam, Ana Cristina Strava.
“O rio Beni possui muita
velocidade devido as nascentes localizadas nos Andes Bolivianos e Peruanos.
Assim a ocorrência de repiques de nível é rápida.”
Porém outra parcela também relevante
de chuva está sendo recebida na bacia do Rio Mamoré. Esta última deve chegar a
Costa Marques, Guajará-mirim e Porto Velho amortecida pela planície boliviana,
reduzindo a queda do nível do rio e, conseqüentemente, retardando o tempo de
retorno à normalidade da série histórica.
A partir do dia 16 é esperado um
novo repique cuja intensidade dependerá do volume de chuva na bacia do Rio
Beni.
Matéria: Ac24horas
mto bom o blog
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