Regis Quevedo é um dos alunos da EJA que está na faculdade (Foto: Celis Fabrícia/SEE) |
Aproveitar
as oportunidades oferecidas é o lema de vida de Regis Quevedo. Hoje ele cursa o
quarto período de Matemática na Universidade Federal do Acre (Ufac). Mas, para
trilhar esse caminho, a jornada foi bem maior do que ele imaginava. Filho de
pais que não foram alfabetizados, entrou tardiamente na escola. Parou de
estudar para trabalhar, e após 20 anos ingressou na Educação de Jovens e
Adultos (EJA), modalidade em que concluiu o ensino fundamental e depois o
médio. “Eu tive coragem de retornar. Peguei gosto novamente pelos estudos. Foi
um sonho possível que me fez chegar a cursar licenciatura em Matemática na
Ufac”, explicou.
“Sempre é tempo de voltar a estudar”, diz Antonio Silva (Foto: Celis Fabrícia) |
Para o
pedreiro Antonio Nascimento da Silva, a alfabetização veio mais tarde, mas nem
por isso foi desperdiçada. Hoje ele tem 56 anos de idade, e só em 2013 começou
a estudar. “Sempre é tempo de voltar a estudar”, esclareceu.
E oferecer
oportunidades educacionais às pessoas com mais de 15 anos que no Censo de 2010
se autodeclararam analfabetos é a meta do Quero Ler. A mobilização do governo
do Acre, capitaneada pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE),
reúne dois consolidados programas de alfabetização: o Alfa 100 e o EJA.
Além de
promover a alfabetização de jovens e adultos, também há o estímulo para que os
que ingressaram tardiamente na escola aprimorem suas habilidades de leitura,
escrita e compreensão da linguagem matemática e alcancem desenvolvimento
pessoal, profissional e social.
Mesmo aposentada, Creusa Crispim continua alfabetizando adultos voluntariamente (Foto: Celis Fabrícia) |
Todos podem
participar dessa mobilização pela alfabetização. Os interessados em aprender a
ler e escrever ou continuar os estudos podem procurar a escola mais próxima.
Quem já é alfabetizado pode se tornar alfabetizador voluntário. “Quando
comecei a dar aulas não era formada. Depois participei do programa de formação
de professores do Estado, conclui a faculdade de Matemática e hoje atuo como
voluntária há sete anos”, afirmou Creusa Crispim Rabêlo, professora aposentada.
Matéria: Agência de notícias do Acre
Nenhum comentário:
Postar um comentário