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Acre: Com foco no turismo sustentável, Acre atraiu mais de 20 mil visitantes internacionais no ano passado e reforça potencialidade da região

 

Muitos turistas procuram o Acre em busca de vivências e imersão em comunidades indígenas. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Conhecido pela riqueza de sua cultura, culinária e história, o estado acreano tem chamado cada vez mais a atenção do mundo e sendo atrativo para quem sonha em conhecer parte da Amazônia, sendo um território que oferece uma imersão nos conhecimentos tradicionais, preservação e valorização histórica. Isso se reflete nos dados divulgados pelo Ministério do Turismo, Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e pela Polícia Federal (PF), que apontam que 19,8 mil turistas internacionais visitaram o Acre em 2024.

O número representa, segundo o levantamento, um aumento de 15,4% em comparação com 2023. Somente em dezembro, 1.714 estrangeiros visitaram o Acre. Segundo o Mapa do Turismo Brasileiro, atualmente sete cidades são trabalhadas prioritariamente pelo Ministério do Turismo no âmbito do desenvolvimento das políticas públicas.

Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Rio Branco, Rodrigues Alves, Tarauacá e Xapuri estão categorizadas como Caminhos do Pacífico, das Aldeias e Biodiversidade e da Revolução.

Rotas que, de acordo com a Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), movimentam mais de 50 segmentos, que fortalecem as culturas locais pela sua floresta, história, culinária e artesanato, permeando o turismo de observação de aves, de aventura, ecológico, religioso, de negócios, etnoturismo e de experiência, entre tantas outras possibilidades do setor, atraindo visitantes de diversos lugares.

As áreas de turismo, mesmo sendo de responsabilidade federal, recebem apoio do Estado, por meio da Sete, que nos últimos anos tem focado em ações de fomento dessa atividade na região. Para o secretário de Estado de Turismo e Empreendedorismo, Marcelo Messias, há pelo menos duas fortes linhas que fazem do Acre uma vitrine.

“No Vale do Juruá, onde temos a Rota Caminho das Aldeias e da Biodiversidade, o maior atrativo com certeza é o etnoturismo e o ecoturismo. Já quando olhamos para o Vale do Acre, onde temos a Rota do Pacífico e Rota da Revolução, o maior potencial é o turismo de negócios. Este último se confirma através do estudo econômico apresentado recentemente pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento em uma pesquisa, que traça o perfil de turistas em Rio Branco”, explicou.

Expedições propõem vivência no Parque Nacional da Serra do Divisor. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Acre na rota do turismo

A imersão proporcionada em terras indígenas do estado é um dos motivos que fazem muitos turistas procurar o Acre como destino. A Sete acredita que a inclusão, pela primeira vez na história, de mais de 20 festivais indígenas no calendário oficial de eventos do estado foi responsável por esse aumento expressivo.

A presença ativa do governador Gladson Cameli nesses eventos também fortalece o compromisso da gestão com o turismo sustentável, que visa aliar as excursões à preservação do meio ambiente, capacitando e gerando trabalho e renda para quem está na comunidade.

“Tenho profundo respeito pelos povos originários, por cada um que está ali, cumprindo seu papel, preservando nossas florestas e, ao longo da minha gestão, o que tenho tentado é equilibrar as coisas, abrir o Acre para quem quer conhecer e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas que estão nessas comunidades sejam beneficiados com essa movimentação, que também é financeira. O nosso estado é valioso, somos ricos em cultura, lazer e temos um patrimônio histórico que é nosso orgulho”, afirma Cameli.

Festival Atsa Puyanawa em julho do ano passado teve cânticos, danças e rituais que celebram a criação e a natureza. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Em parceria com a Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas (Sepi), a Sete contribuiu para a realização de festivais ao longo do ano, com artes gráficas, camisetas, materiais impressos e outros insumos, além da cobertura jornalística, a exemplo dos festivais das etnias Shawãdawa, Huni Kuin, Puyanawa e Yawanawa.

No começo do ano passado, ao participar do Festival Kãda Shawã Kaya, do Povo Shawãdawa, a francesa Boucherot Blandine disse que esta é uma cultura que ela sempre faz questão de conhecer mais de perto, tendo já participado de eventos com os Puyanawas.

“Eu adoro essa cultura, por isso resolvi visitar o Acre e sempre vou a cidades isoladas para conhecer mais. É muito diferente da França, porque o Acre tem mais humanidade. No meu país, é cada um no seu apartamento, e aqui a receptividade é muito grande”, disse, ao justificar a escolha da viagem.

Agência de Notícias do Acre

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