O delegado-adjunto da 93ª DP
(Volta Redonda), Marcio Figueroa, disse nesta sexta-feira (9) que o comerciante
Clovis Perrut, desesperado com a morte de sua
filha Manuella Mantila
Sueth, de 10 meses, esquecida por ele por quatro horas dentro do carro no
bairro Água Limpa, desabafou antes mesmo de prestar depoimento na noite desta
quinta-feira (8).
"Pode me prender. Eu já sei
que a minha maior pena será a perda da minha filha", disse Clóvis segundo
o delegado. O comerciante chegou a ser detido, mas foi liberado após pagamento
de fiança de R$ 12.440. Segundo o delegado, o pai da menina também temia a
reação de sua esposa, Camila Sueth. "Espero que a minha mulher não me veja
como assassino."
O corpo da menina foi enterrado
no Cemitério Portal da Saudade, em Volta Redonda, na tarde desta sexta.
Aproximadamente 60 pessoas compareceram ao sepultamento, que aconteceu sob
forte comoção de parentes e amigos e foi marcado por cânticos da igreja
evangélica frequentada pela família. Os pais da menina não falaram com a
imprensa.
Mãe em estado de choque
De acordo com o delegado, a mãe da criança, Camila Sueth, se comportava, na delegacia, como se ainda não acreditasse na morte da filha, afirmando que precisava amamentá-la. A polícia tem até 30 dias para convocá-la a depor, e o mesmo prazo para enviar o inquérito à Justiça.
De acordo com o delegado, a mãe da criança, Camila Sueth, se comportava, na delegacia, como se ainda não acreditasse na morte da filha, afirmando que precisava amamentá-la. A polícia tem até 30 dias para convocá-la a depor, e o mesmo prazo para enviar o inquérito à Justiça.
O pai Clóvis Perrut foi indiciado
por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A polícia aguarda o
resultado da autópsia no corpo de Manuella, feito pelo Instituto Médico Legal
(IML) de Volta Redonda e do laudo de perícia no carro em que a criança morreu.
Antônio Furtado, delegado titular
da 93ª DP, e Marcio Figueroa ouviram seis testemunhas, entre elas um amigo de Clóvis, Walter Vinício Andrade, o primeiro a chegar ao local onde o carro
estava estacionado. Ele contou aos policiais que quebrou um vidro dianteiro e,
quando viu Manuella, percebeu que ela já estava sem vida. "Logo em
seguida, a mãe da menina chegou e o Walter a impediu de olhar para o interior
do veículo", disse Figueroa. Não há previsão de novo testemunho nesta
sexta-feira.
A menina foi levada pelo próprio
pai para o hospital, mas já chegou sem vida, com sinais de asfixia. De acordo
com a TV Rio Sul, afiliada da Globo, o pai contou na delegacia que esqueceu da
filha porque não tinha o hábito de levá-la à creche. Ele disse que só lembrou
que havia esquecido do bebê no carro quando a mãe telefonou questionando a
ausência de Manuella na creche.
Fonte: G1.com
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