EX-MINISTRA do Meio Ambiente costurou suas
declarações de apoio país afora com base na sustentabilidade global
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Após
declarar apoio a candidatos de 11 partidos diferentes nas eleições municipais,
a ex-presidenciável Marina Silva (sem partido) disse que desde 2010 a população
brasileira vem demonstrando nas urnas que o país quer uma terceira via
política.
Embora
garanta não saber se é candidata em 2014, a ex-ministra do Meio Ambiente
costurou suas declarações de apoio país afora com base na sustentabilidade
global “em todas as suas dimensões”.
Sob
esse discurso, o leque de apoiados por Marina em 2012 incluiu candidatos de PT,
PMDB, PSB, PDT, PPS, PSOL, PRB, PTN, PSC, PMN e PV - partido pelo qual a
ex-senadora conquistou 19,6 milhões de votos em 2010.
A
Folha identificou 42 candidatos apoiados por Marina, sendo 19 postulantes a
prefeito e 23 a vereador. Desses 8 foram eleitos, quatro como prefeitos, como
Gustavo Fruet (PDT), em Curitiba, e Clécio Luís (PSOL), em Macapá (AP).
“É um
movimento trans partidário. Não sei se serei candidata. Quero que o legado
suscitado por mim continue sendo uma agenda relevante e possa crescer. Uma
terceira via, o grande desafio do Brasil, que sempre viveu a polarização, é
algo que tem de ser entendido como movimento da sociedade”, diz.
Apesar
de negar qualquer viés pragmático nos apoios, o discurso da “terceira via” a
afastou do presidenciável Eduardo Campos, governador de Pernambuco. Assim como
fez em São Paulo e Belo Horizonte, onde houve a polarização PT-PSDB, Marina não
subiu no palanque em Recife: “Apoiei o Serafim [Corrêa], que é do PSB, em
Manaus, mas lá [Recife] com o Eduardo Campos não apoiei porque tinha um viés de
nacionalização das disputas”.
No
balanço de suas andanças, Marina vê uma diferença entre a sua caminhada e a
“Caravana da Cidadania” de Lula, em 1993-1994: “O Lula tinha muito claro que
queria ser candidato a presidente. Eu não tenho esta clareza”.
Fonte: Jornal Página 20
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