Mesmo em pleno recesso
parlamentar os conchavos e articulações para escolha dos membros da Mesa
Diretora da Aleac, estão a todo vapor nos bastidores do Poder Legislativo.
Uma reunião “secreta” para
definir o rumo da eleição da Aleac foi realizada na manhã desta terça feira,
18, com a presença dos “donos” do PEN e o presidente do PDT.
Astério Moreira e Élson Santiago,
do PEN e Luis Tchê (PDT) advogam a permanência da atual formação da Mesa
Diretora, com três, dos sete cargos para os “ecológicos”.
A segunda secretaria permaneceria
com Luis Tchê, que é presidente do PDT. Os demais cargos ficariam com o PT,
PMDB e PSDB, reduzindo a representação de um membro por partido.
Com a maior bancada na Aleac, o
PEN buscam espaço político e cargos na Frente Popular. Na escolha dos novos
secretários da prefeitura de Rio Branco, o partido não foi contemplado.
Os sete deputados “ecológicos”
querem usar o desequilíbrio da divisão de cargos no governo e na prefeitura,
para justificar as pretensões em manter os principais cargos na Aleac.
O atual presidente da Casa, Élson
Santiago cancelou na manhã de hoje uma entrevista coletiva para apresentar um
balanço no ano legislativo, para participar da reunião.
Segundo informações de assessores
da Aleac, o deputado Luis Tchê estaria ameaçando abrir a “caixa preta”, das
irregularidades da atual gestão, se ele for retirado da composição.
O dossiê preparado por Tchê
mostraria os gastos com passagens e diárias aos deputados estaduais, além de o
envolvimento de um membro da Mesa, com uma agência de viagens.
No final da tarde Tchê negou que
esteja fazendo pressão para permanecer na mesa: “eu apenas estou procurando
manter um espaço que o PDT conquistou. Não preciso provar pra ninguém minha
lealdade ao projeto da FPA, basta relembrar o segundo turno, quando garanti ao
governador a minha posição. Voltei e ajudamos o Marcus a ganhar a eleição”,
disse.
O gaúcho também negou que tenha
preparado um dossiê contra o presidente Santiago. “Isso é para colocar mais
lenha na fogueira; quem anda dizendo isso é porque quer invibializar o meu nome
numa composição. Não existe dossiê, o que existem são boatos maldosos”,
garantiu.
A tentativa de conversar com
todos os deputados para antecipar a eleição, defendida por Élson Santiago e
Luis Tchê, falhou. O embate foi vencido pelos descontentes.
O próximo passo dos “donos” do
PEN seria fazer um acordo com a maioria dos parlamentares. Para isso, Élson
Santiago, Astério Moreira e Luis Tchê estudam as propostas.
Moisés Diniz (PCdoB), que é
possível candidato à presidência, ganhou o primeiro embate. Juntamente com
Pereira (PT), Eduardo Farias (PCdoB) e deputados da oposição, evitaram a
antecipação da eleição.
Entre ameaças, articulações e
propostas, os participantes da “reunião secreta” teriam como principal objetivo
manter a maioria dos cargos da Aleac nas mãos dos deputados do PEN.
Fonte: Jornal Ac24horas
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