Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à
Violência Sexual Infanto-juvenil no Território Brasileiro
O Programa está sendo
implantado no município de Tarauacá, através da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Social – SEDS e já passou por duas fases importantes que
são as articulações e mobilizações e um seminário, onde foi construído um Plano
Municipal de Enfrentamento a Violência Sexual e agora estamos na etapa de
capacitação para que todos estejam preparados para prevenção e atendimento das
situações de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Carga Horária: 60h/aula, sendo ministrada em dois módulos de 30h/aula.
I Módulo
Local: CEDUP – Tarauacá
Data: 25 a 28/11/2013 das
8h às 12h e das 14h às 18h
Coordenação: Eliana Nery – Técnica da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social – SEDS
Articulação: Secretaria Municipal
de Assistência Social
Palestrantes:
1. Osvaldo Filho – Conselheiro Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente
2. Inez Maria Jalul araújo de Oliveira – Professora da Universidade Federal do
Acre
3. Dr. Fernando Régis Cembranel – Promotor de Justiça
4. Vanderleya Alves Arantes – Assessora Ministerial do Ministério Público Estadual
Público Alvo: Autoridades dos poderes executivo,
legislativo e judiciário; representantes dos órgãos de defesa de direitos;
Profissionais das áreas de assistência social, saúde e educação; conselheiros;
presidentes de bairros; representantes das instituições religiosas;
representantes da mídia local; grupos de jovens, estudantes, usuários dos
serviços, programas e projetos assistenciais, dentre outros.
O PAIR surgiu a partir de uma
iniciativa conjunta do Governo Brasileiro e da Agência dos Estados Unidos para
o Desenvolvimento Internacional (USAID).
É uma metodologia de articulação e fortalecimento das redes de
enfrentamento a violência sexual contra crianças e adolescentes por meio da
implantação de ações integradas, possibilitando a articulação e a integração
dos serviços, associada à participação social na construção dos processos.
Tem como objetivo ainda, o fortalecimento dos Conselhos de Direitos como
instâncias privilegiadas na formulação de políticas, programas e ações
dirigidas ao atendimento e defesa de direitos de crianças e adolescentes,
principalmente no que se refere ao enfrentamento da violência sexual.
Sua base de intervenção é o município e está pautado nos eixos do Plano
Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil. Que estabelece em suas diretrizes que esse
enfrentamento aconteça a partir de diferentes frentes, que contemple: Análise
da situação; Mobilização e Articulação; Defesa e responsabilização; Prevenção;
Atendimento; Protagonismo Juvenil.
PAIR - Percurso metodológico
- Articulação Político-Institucional: Consiste de reuniões de articulação com gestores municipais e sociedade civil nos estados e nos municípios escolhidos, com a finalidade de apresentar a proposta de trabalho do PAIR e promover a mobilização das forças locais para esse processo.
- Diagnóstico Rápido Participativo (DRP): É o geoprocessamento das demandas e geo-referenciamento dos serviços e programas existentes no município. Os resultados devem ser apresentados durante a realização dos Seminários para Construção dos Planos Operativos Locais (próxima ação estratégica), servindo como subsídio para a análise da realidade local e o estabelecimento coletivo de estratégias para sua superação.
- Seminário para Construção do Plano Operativo Local: Após apresentação de resultados de pesquisas e do DRP, o trabalho é estruturado de maneira a privilegiar a construção coletiva, em oficinas orientadas pela lógica dos seis eixos preconizados no Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil. Cada grupo discute e propõe problemas e ações a serem incluídos no plano operativo. Ao final do Seminário é eleita a Comissão de Coordenação e Monitoramento do Plano Operativo Local.
- Capacitação da Rede: A capacitação da rede é uma das atividades mais extensas previstas no PAIR. É vista como uma das estratégias de maior impacto, visto que prevê o envolvimento de todos os segmentos da rede de proteção e do sistema de garantias em sua operacionalização (profissionais da assistência, educação, saúde, defesa e responsabilização, turismo, transporte, mídia, etc.). Prevê-se que ofereça uma carga horária total de sessenta horas-aula, das quais quarenta horas devem ser destinadas à formação e informação do capacitando e vinte horas de treinamento em serviços (oficinas específicas).
- Assessoria Técnica: Consiste no acompanhamento das ações dos operadores da rede dos municípios, na realização de reuniões específicas nos municípios (Serviços, Conselhos Tutelares, Comissão Local, etc.).
- Monitoramento dos Planos Operativos Locais: As visitas periódicas aos municípios têm por objetivo acompanhar a aplicação do Plano Operativo Local, instrumento que serve de base para a realização do monitoramento e avaliação.
PROGRAMAÇÃO DA CAPACITAÇÃO DO PAIR - MUNICÍPIO
DE TARAUACÁ
Data
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Temas
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Carga Horária
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Palestrante
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25/11 – Manhã
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Apresentação da Matriz Metodológica
Filme – Sonhos Roubados (trechos) - Análise
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2h
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SEDS/MPE-CDIJ
Eliana/Vanderléia
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O Papel das Políticas Públicas no Processo de Desenvolvimento Integral
de Crianças e Adolescentes – Principais Desafios no Enfrentamento da
Violência Sexual Infanto-Juvenil.
CONTEÚDO:
· Declaração
Universal dos
Direitos Humanos;
· Constituição
Federal Brasileira de 1988;
· Estatuto
da Criança e do Adolescente;
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2h
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SEDS/CEDCA
Osvaldo
Filho
– Conselheiro Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente
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26/11 – Manhã
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Sistema de Proteção
Integral e de Garantias dos Direitos da Criança e Adolescente (SGD) – limites
e possibilidades na atuação.
Parte
1 – A Doutrina da Proteção Integral
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4h
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SEDS/CEDCA
Osvaldo
Filho
– Conselheiro Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente
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26/11 – Tarde
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Sistema de
Proteção Integral e de Garantias dos Direitos da Criança e Adolescente (SGD)
– limites e possibilidades na atuação.
Parte
2 – Sistema de Garantias de Direitos
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4h
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Osvaldo Filho – Conselheiro
Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente
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27/11 – Manhã
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Violência Sexual contra Crianças e
Adolescentes: Marcos Conceituais
CONTEÚDO:
Parte 1 – Sociedade, cultura e violência:
· Infância
e Adolescência: história social e concepções;
· Violência
estrutural e vulnerabilidade acrescida;
· Desfazendo
representações e reconhecendo princípios;
· Diversidade
dos comportamentos manifestos na infância e adolescência.
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4h
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UFAC
Professora Inez Jalul
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27/11 – Tarde
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Violência
Sexual contra Crianças e Adolescentes: Marcos Conceituais
Parte 2 – Tipos de violência contra a infância e
adolescência
· A
cultura de violência das/nas instituições: família, escola, instituições de
saúde, instituições de atenção e proteção etc;
· Abuso
sexual, exploração sexual comercial (prostituição, pornografia, tráfico,
turismo): caracterização, identificação, causas e consequências;
· A
Mídia e a Cultura da Violência.
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4h
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UFAC
Professora Inez Jalul
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28/11 - Manhã
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3. Violência Sexual contra crianças e
adolescentes: a situação de violência à luz da legislação penal brasileira
CONTEÚDO:
Crimes previstos na legislação brasileira – investigação e
apuração. Estupro, atentado violento ao pudor, sedução, favorecimento à
prostituição, casa de prostituição, rufianismo, tráfico de pessoas,
pornografia.
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4h/aula
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Dr. Fernando Régis
Cembranel – Promotor de Justiça
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28/11 – Tarde
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4. Intervenção Básica de Atendimento das Situações de
Abuso e Exploração Sexual
CONTEÚDO:
·
Situações de abuso e exploração sexual;
·
Conseqüências de intervenções indevidas;
·
A “não-intervenção” como um dano
secundário;
·
Situações e procedimentos que penalizam a
vítima;
·
Falta de ações adequadas no atendimento
ao agressor;
·
Fatores que dificultam a constituição da
rede de atenção.
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4h/aula
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SEDS/MPE-CDIJl
Eliana Nery
Vanderleya Arantes
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