Após a rebelião que deixou quatro detentos mortos na última quinta-feira (20), o presídio
Francisco D'Oliveira Conde registrou mais uma morte por volta de 1h da
madrugada deste domingo (23). Desta vez, a vítima foi o preso Jean Carlos
Nascimento da Costa, morto com golpes de estoque, um tipo de arma artesanal
que, segundo o Iapen, foi feita com ferro por outro reeducando na cela 11 do
Pavilhão A da unidade.
A informação foi confirmada pelo
Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). Informações
preliminares diziam que a vítima teria sofrido abuso sexual, o órgão, no
entanto, nega. Ao G1, o diretor do presídio James Rodrigues informou que
outro detento confessou o crime e foi encaminhado para a Delegacia de
Flagrantes (Defla).
O corpo da vítima foi encaminhado
ao Instituto Médico Legal (IML). A motivação não foi confirmada, mas segundo o diretor,
pode estar ligada a briga entre facções criminosas que causou uma onda de
homicídios em Rio Branco.
Briga de facções no Acre
Desde 16 de outubro, o Acre registra uma onda de execuções que, segundo o secretário da Segurança, Emylson Farias, tem ligação com a briga entre duas facções rivais. O estopim dessa guerra aconteceu na noite da última terça (18), quando ao menos 25 criminosos de um grupo organizado armaram uma emboscada. Quatro pessoas foram feridas e apenas um criminoso preso.
Desde 16 de outubro, o Acre registra uma onda de execuções que, segundo o secretário da Segurança, Emylson Farias, tem ligação com a briga entre duas facções rivais. O estopim dessa guerra aconteceu na noite da última terça (18), quando ao menos 25 criminosos de um grupo organizado armaram uma emboscada. Quatro pessoas foram feridas e apenas um criminoso preso.
O ataque aconteceu na Unidade
Prisional 4 (UP4), quando os presos voltavam para dormir na unidade. No dia
seguinte, o governo acionou 500 homens do Exército, destes 200 ficaram
em Rio Branco e o restante em cidades da fronteira.
O presídio Francisco d'Oliveira
Conde (FOC) também registrou um início de motim na quarta (19).O motim iniciou no pavilhão I, dentro do "Chapão", onde ficam
os sentenciados. A assessoria do Iapen confirmou que um grupo de
presos começou a bater nas grades e a gritar, mas a situação foi contida a
tempo. A visita íntima foi suspensa devido ao ataque registrado na noite
anterior.
Na quinta (20), uma briga durante o banho de sol no FOC deixou um ferido em
Rio Branco. A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) informou que os
presos usaram estoques durante a confusão no pátio da unidade.
No mesmo dia, durante a entrega
de marmitas no presídio, os presos se rebelaram e tomaram conta de três pavilhões da FOC.
Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na unidade e,
inicialmente, conseguiram retomar os pavilhões L e K. O Pavilhão J foi o último
a ser controlado. Após a rebelião, em coletiva, o governo afirmou que dois carcereiros foram presos sob suspeita de
fornecer armas para presos atuarem no complexo.
No total, quatro presos morreram.
Um chegou a ser socorrido no Hospital de Urgência e Emergência, mas não
resistiu. Além disso, 19 ficaram feridos.
Reunião do crime
Um menor de 15 anos foi morto e uma criança foi ferida, na última sexta (21), durante uma operação da Polícia Militar (PM-AC) na região do Segundo Distrito de Rio Branco. Segundo informações da polícia, os dois participavam de uma reunião para planejar crimes na capital.
Um menor de 15 anos foi morto e uma criança foi ferida, na última sexta (21), durante uma operação da Polícia Militar (PM-AC) na região do Segundo Distrito de Rio Branco. Segundo informações da polícia, os dois participavam de uma reunião para planejar crimes na capital.
O adolescente Werlen de Freitas
Brito, de 15 anos, morreu após levar um tiro durante a perseguição
policial. O menino está internado em estado grave no Hospital da Criança. Ao G1,
a Secretaria de Saúde (Sesacre) informou que o menino teria oito anos, já a PM
confirmou que seria 11. A mãe da criança não foi encontrada para falar sobre o
caso.
Detentos da UP4 retornam para
presídio
Os 380 presos do semiaberto liberados do pernoite na Unidade Prisional 4 (UP4) por causa de um tentativa de invasão na terça-feira (18) deveriam retornar no sábado (22) ao presídio. Inicialmente, o prazo estipulado pela Vara de Execuções Penais e órgãos de Segurança era de que os detentos voltassem na sexta (21), mas devido a atrasos na reforma do prédio, que foi danificado na ação dos bandidos, essa data foi alterada.
Os 380 presos do semiaberto liberados do pernoite na Unidade Prisional 4 (UP4) por causa de um tentativa de invasão na terça-feira (18) deveriam retornar no sábado (22) ao presídio. Inicialmente, o prazo estipulado pela Vara de Execuções Penais e órgãos de Segurança era de que os detentos voltassem na sexta (21), mas devido a atrasos na reforma do prédio, que foi danificado na ação dos bandidos, essa data foi alterada.
O diretor da UP4, conhecida como
"Papudinha", Denis Picolo, afirmou que o atraso na reforma se deu
devido a uma forte chuva ocorrida nesta semana. "Com a chuva, e estava
tudo descoberto, foi preciso afastar as camas e colchões e atrasou
meio-dia", acrescenta.
Picolo ressaltou que um esquema
de segurança diferenciado deve ser colocado em prática para evitar que novas
tentativas de invasão aconteçam. "Estamos com um esquema planejado com
apoio do Bope [Batalhão de Operações Especiais] e ainda Exército", falou.
Fonte:G1.com/Acre
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