Universitária, 22 anos, noiva,
identificada pela operação Delivery, a jovem revela em entrevista exclusiva
parte do submundo da prostituição em Rio Branco envolvendo pessoas influentes e
garotas pobres e até de classe média alta.
Denunciados e testemunhas envolvidas com a rede de prostituição desarticulada
pela operação Delivery já foram intimados pelo juiz Romário Divino, titular 2ª
Vara da Infância e da Juventude. As audiências serão realizadas entre os dias
22 de janeiro e 2 de fevereiro.
A entrevista completa com a
universitária, que não pretende parar de fazer programa até que tenha
"vida estável", será publicada na segunda-feira (14). Ela conta
detalhes de como se comportavam alguns clientes influentes ou sem influência
alguma, como um vendedor de verduras.
Veja um trecho da entrevista:
Veja um trecho da entrevista:
- A
infância foi difícil, mas nunca passei fome. Meu pai é arquiteto, ganhava muito
dinheiro, mas sempre gostou muito de cheirar cocaína e jogar baralho. Com isso,
começou a acabar o que tínhamos. Minha mãe fez concurso, se tornou professora e
começou a se reerguer de novo. Ela conseguiu fazer duas lojas e meu pai, aos
trancos e barrancos, conseguiu se tornar fazendeiro. Hoje ele vive super bem
também. Eu tinha de tudo: carro, faculdade paga, as melhores roupas,
frequentava as melhores boates até os 18 ou 19 anos. Eu tinha vida de princesa
mesmo. Briguei com meu pai por causa da separação dele de minha mãe. Ele a
prejudicou muito. Ela era dona de duas lojas no Acre. Meu pai começou a namorar
com a gerente de uma das lojas e conseguiu a falência do estabelecimento.
Gastava, curtia, se drogava. Grávida, minha mãe entrou em depressão profunda.
Fiquei muito chateada, discutíamos muito, e chegou ao ponto em que ele veio me
bater e eu bati nele. Ele parou de me dar dinheiro para pagar a faculdade.
Conhecia muitas amigas que faziam programas e uma delas me apresentou ao Ney,
um cafetão que foi preso durante a operação Delivery.
Fonte: Blog do Altino Machado
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