Delegado Alcino Júnior/Foto: Selmo Melo/ContilNet
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Apesar de o
governo do Acre negar nos últimos anos a atuação do Primeiro Comando da Capital
(PCC) nos presídios do Estado, a conclusão da Polícia Civil sobre a autoria da
morte do agente penitenciário Anderson Albuquerque, em Rio Branco, a mando da
facção criminosa paulista, mostra que os presídios acreanos também estão sob
influência deste tipo de organização montadas e geridas por condenados pela
Justiça.
A tentativa
do governo é evitar alarmes entre a população por conta da atuação violenta do
PCC, responsável por ordenar ataques a ônibus e assassinatos de agentes de
segurança em São Paulo e outros Estados.
Questionado
pelo portal Contilnet se o inquérito da Operação Ícaro seria a
comprovação da atuação do PCC no Acre, o delegado Alcino Júnior respondeu: “A
pergunta é saber em qual Estado o PCC não tem atuação. É uma facção que age nos
presídios de todo o país.”
De acordo
com o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, a identificação e
prisão dos acusados pela morte de Anderson Albuquerque foi uma resposta rápida
do Estado para não aceitar atentados contra os seus agentes. “Esta foi a única
morte de agente penitenciário orquestrada por facções criminosas no Acre”,
disse o secretário.
Outro
assassinato de agente penitenciário, também ocorrido neste ano, foi de crime
passional. As mortes provocaram protestos por parte dos agentes penitenciários,
que já apontavam o PCC como mandante dos crimes.
À época dos
homicídios, a cúpula da Polícia Civil fez questão de descartar o
envolvimento de organizações como executoras dos assassinatos. “Nós não
tínhamos descartado esta hipótese. Apenas não queríamos fazer antecipações
precipitadas que pudessem atrapalhar as investigações”, acrescentou o
secretário.
Matéria: Contilnet
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