Os pacientes
com hepatite C da rede pública contarão com tratamento mais moderno e que,
segundo o Ministério da Saúde, cura 90% dos casos da doença, enquanto os
medicamentos usados atualmente chegam no máximo a 47% de chance de cura. A
expectativa do governo é tratar 30 mil pessoas em um ano.
Os novos
remédios apresentam menos efeitos colaterais e custam menos aos cofres
públicos. O tratamento atual custa U$24 mil por paciente. Agora, as combinações
feitas a com daclastavir, simeprevir e sofosbuvir custam U$9,6 mil por
paciente. Os Estados Unidos adotaram os três remédios há um ano.
“É uma
revolução no tratamento da hepatite C muito semelhante à que aconteceu com os
coquetéis contra a aids”, disse o ministro. Ele explica que há “uma diminuição
do tempo de tratamento de nove para três meses”.
O ministro
destacou uma melhoria na administração dos remédios. “Hoje os medicamentos
disponíveis são injetáveis e nós passamos a ter o tratamento por via oral”,
disse Arthur Chioro.
Outros
pacientes beneficiados com o novo tratamento são portadores de hepatite C que
têm HIV/Aids ou que passaram por transplante de fígado. Eles não podiam ser
tratados com o remédio que será substituído, porque as reações do organismo
contraindicavam a medicação. Com os novos medicamentos, eles poderão se tratar
contra a hepatite C.
O novo
protocolo clínico facilita também o diagnóstico da doença para o início do
tratamento. Antes, para o paciente começar a se tratar, era necessário passar
por uma biópsia, exame invasivo que não é feito em todo lugar.
Diretor do
departamento de HIV/Aids e hepatites virais do Ministério da Saúde, Fábio
Mesquita, explica que, com a nova diretriz, o paciente vai primeiro passar pela
triagem de posto de saúde. Caso seja necessário, será encaminhado para o
serviço especializado, que indicará a necessidade de novos exames.
Todos os
anos surgem cerca de 10 mil casos de hepatite C no Brasil. Ao todo, 120 mil
casos da doença foram confirmados desde que surgiu o diagnóstico, em 1993. Mais
de 100 mil pessoas fazem tratamento pelo Sistema Único de Saúde. A estimativa
do Ministério da Saúde é que 1,4 milhão de pessoas estão infectadas, mas, como
a doença não apresenta sintomas, a maioria não sabe.
Agência Brasil/Ac24horas
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