Já virou
rotina presenciar adolescentes indígenas bêbados pelas ruas do município de
Feijó, distante de cerca de 300 quilômetros da capital Rio Branco. As fotos,
feitas e divulgadas pelo site radiofmfeijo.com, mostram que índios, com a idade
entre 12 e 14 anos, bebem cachaça, na beira de uma rua movimentada, no centro
da cidade.
Os jovens
ficam normalmente às margens do rio Envira, onde desembarcam juntamente com os
pais e ficam perambulando pelas ruas. “É fácil eles comparem bebidas nos bares,
onde a lei não é cumprida, Na maioria das vezes, passam a manhã pedindo
dinheiro nos comércios e, assim que conseguem o suficiente, correm para os
bares, felizes, como se fossem comprar brinquedos ou até mesmo comida”,
declarou uma comerciante, que pediu para não ser identificada.
Ainda
segundo a mulher, alguns já estão ameaçando pessoas para conseguir dinheiro.
“Já vi eles o usando drogas no coreto da praça”, diz a comerciante, indignada,
chamando alguns dono de bares de criminosos. “São dois crimes: eles são índios
e menores de idade”, alertou.
O presidente
da Federação do Povo Huni Kui do Acre (Fephac), Ninawá Huni Kui, disse que vai
denunciar os comerciantes à Polícia Federal ao Ministério Público, além da
responsabilizar solidariamente a prefeitura, o governo estadual e a Fundação
Nacional do Índio (Funai). “Infelizmente isso é uma realidade que muito
nos entristece”, comentou ele.
O
coordenador regional de Funai, Luiz Valdemir Nukini, disse que o órgão está
fazendo um trabalho de conscientização junto aos líderes indígenas. “Estamos
passando por uma reformulação e isso é uma das nossas prioridades”, declarou o
líder indígena, alertando os comerciantes que a Polícia Federal está
investigando a prática criminosa.
Contilnet
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