O
discurso do senador Jorge Viana (PT), aos novos prefeitos dos municípios
acreanos, não foi animador, na reunião para discutir a destinação das emendas
da bancada federal do Acre. “Estamos vivendo um momento, que não é bom”, disse
o parlamentar ao iniciar sua explicação, sobre a crise que o Acre poderá
enfrentar.
O
petista disse que entende a expectativa dos novos gestores, em fazer mais e
melhor pelas suas cidades, mas o que se discute atualmente são os desafios da
crise. “Os prefeitos estão saindo tristes de suas administrações, por não ter
cumprido suas propostas. Estamos vivendo um cenário de crise”, alertou Jorge
Viana.
Segundo
Viana, “o modelo econômico do mundo ruiu. Os países europeus estão enfrentando
a pior crise de todos os tempos. É exatamente diante deste mundo, que os
prefeitos acreanos assumem seus mandatos”. O senador levantou a possibilidade
de o orçamento não ser votado neste ano, obrigando os gestores trabalharem em
janeiro, com o duodécimo.
“Não
teremos tempo hábil, porque o Governo Federal não enviou o Orçamento Geral da
União. Está atrasado”, informou Jorge Viana. O senador criticou ainda, a
administração da presidenta Dilma Rousseff, pela não liberação de emendas.
“Nosso governo errou, em não liberar as emendas coletivas”, enfatizou Viana.
Segundo
o senador acreano, na tentativa de amenizar a crise, o Governo Federal estaria
tirando recursos que deveriam ser destinados aos estados. A crítica seria pela
redução da alíquota de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), para
incentivar o consumo. “Quando o governo faz isso, está tirando dinheiro dos
municípios”, justifica Jorge Viana.
Salvação
dos municípios
Para o
senador petista Jorge Viana, o que está salvando os pequenos municípios é o
repasses de ICMS pelo Estado. Viana disse ainda, que com o advento da
inadimplência dos municípios acreanos, ele estaria encaminhando ofício para
transferir os recursos de suas emendas ao Estado, que poderá atender socorrer
os gestores municipais.
“Não
estou querendo dar um banho de água fria nos novos prefeitos, mas não se
arvorem a pensar que são salvadores da pátria. Se os gestores entrarem gastando
dinheiro nos três primeiros meses de 2013, não chegam a julho”, disse Jorge
Viana lembrando que apenas três dos 22 municípios estariam adimplentes.
Sem
apontar culpados pela situação das administrações municipais do Acre, o senador
destacou que “não foi o prefeito que deixou a prefeitura inadimplente, foi à
crise”, enfatizou ao convocar os gestores municipais para traçar estratégias
que tornem os municípios viáveis administrativamente.
Fonte: Jornal Ac24horas
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