Há um ano a estudante acreana, L.
Q.,26 anos , enfrenta uma das maiores batalhas de sua vida: a luta para
garantir a continuidade dos seus estudos e a tentativa de superar o trauma de
uma tentativa de estupro e o assédio moral que viveu na Universidade Amazônica
de Pando(UAP), na Bolívia.
Autora de um processo criminal
contra um ex-professor da UAP por tentativa de estupro, a estudante teme pela
própria segurança em caso de retorno ao país boliviano, e se diz vítima de um
complô arquitetado por outros professores amigos de seu algoz, cuja finalidade
é prejudicá-la em retaliação a denúncia feita por ela.
Assustada, a jovem franzina
e aparência de adolescente, acompanhada da mãe, pede ajuda às
autoridades brasileiras para resolver o caso e não ter que desistir do sonho de
se formar em medicina.
“Eu não quero desistir do meu
sonho de me formar em medicina. Preciso de ajuda”, diz.
Com uma carta nas mãos, assinada
pelo vice-cônsul brasileiro na Bolívia, Guilhermo Barbosa, onde ele
solicita a possibilidade de transferência da estudante para uma
faculdade brasileira, a mãe da garota pede ajuda as autoridades do Brasil
para resolver o drama da filha.
“Nós queremos ajuda para
resolver isso. Estamos vivendo esta dificuldade há muito tempo”, suplica.
A carta assinada pelo
vice-cônsul atesta que a estudante não encontra mais clima favorável para seguir
os estudos naquele local. No documento é narrado que no ano 2012 a moça
foi perseguida e sofreu abusos morais e sexuais do professor Walter
Hebert Palenque Gonzales.
“A senhorita L. Q.
denunciou-o à Justiça boliviana pelo crime de violação. E o professor foi preso
e processado. Atualmente ele se encontra em liberdade condicional”, diz o
texto da carta assinada pelo vice-cônsul.
A estudante diz ainda que,
em liberdade condicional, o ex-professor tem encontrado ambiente propício
para estender seu poder de ameaça sobre ela.
O documento assinado por
Guilhermo Barbosa afirma que Palenque é homem influente e possui muitos amigos
na sociedade de Cobija, e que se valendo disso, passou a ameaçar e a pressionar
a estudante acreana para que ela abrisse mão do processo.
“Eu tenho medo. Ele é
casado com uma brasileira e está tentando, talvez até já tenha conseguido, o
visto e a nacionalidade brasileira. Tudo me assusta”, relata.
Mesmo temendo por sua
integridade física, a estudante acreana não quer abrir mão do processo e espera
ajuda das autoridades brasileiras para que possa voltar a estudar.
“Espero que tudo isso passe e
eu volte a estudar”, diz.
Fonte: Contilnet.com.br
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