A BR-364, que liga Tarauacá a
Cruzeiro do Sul, foi fechada na tarde desta quinta-feira (21) por dezenas
de índios Katuquinas e de outras etnias.
O vereador Romário Tavares, do
PSDB, disse que segundo as informações que lhes foram repassadas, eles estariam
reivindicando a soltura de um indígena, condenado a 23 anos de prisão por
homicídio.
Os indígenas querem que o
condenado deixe a penitenciária de Cruzeiro do Sul para cumprir sua pena na
aldeia.
“A Polícia Federal já foi
deslocada para a área do conflito para negociar com os indígenas”, disse o
parlamentar.
O JULGAMENTO
Depois de 13 horas de julgamento,
em Cruzeiro do Sul (AC), o índio Sergio Rosas Katukina, de 34 anos, foi
condenado, na noite de segunda-feira (25), a 24 anos de prisão em regime
fechado por homicídio qualificado, pela morte do taxista Sergio da Silva
Vasconcelos. A decisão dos jurados surpreendeu a família e a defesa do acusado
que pedia sua absolvição. Diante das provas apresentadas pelo Ministério
Público, o corpo de jurados decidiu pela condenação do indígena.
O taxista morreu em dezembro do
ano passado, depois de passar um ano em estado vegetativo após ser espancado
pelo índio. O acusado confessou o crime e diz que agrediu o taxista porque ele
teria 'passado a mão' em sua esposa.
A defesa do réu já recorreu da
sentença. Armyson Lee, um dos advogados de defesa, alegou que os jurados não
agiram de acordo com as provas que estavam nos autos do processo. “A decisão
foi uma canetada de chumbo, o Sérgio Katukina não poderia ser julgado dessa
forma. Ele apenas defendeu a honra da sua família e seu maior patrimônio, a
esposa”, explicou.
Na opinião do advogado, ofato do
crime ter sido cometido por um indígena contribuiu para que o seu cliente fosse
condenado. Ele afirma que se for necessário a defesa vai recorrer até o
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O promotor de acusação,
Washington Moreira disse a justiça foi feita e que o resultado da condenação do
réu foi de acordo com lei. “Não houve nada de anormal, tudo foi feito dentro da
lei e se existe alguém que foi prejudicado com tudo o que aconteceu foi a
família da vitima”, ponderou.
O juiz José Vagner, que presidiu
o júri, explicou que diante das instruções das testemunhas de defesa do acusado,
o resultado da sentença já era esperado. A família do taxista também comemorou
a decisão.
Fonte: Contilnet.com.br
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