Cinco anos após ser julgado e
culpado pela morte do adolescente Wilde Firmino, de 13 anos, o policial militar
Pedro Pascoal, irmão de Hildebrando Pascoal, se apresentou com o advogado no
último dia 24 para cumprir o mandado de prisão, expedido no mesmo dia. Segundo
informações do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC),
Pascoal deveria ter sido encaminhado ao presídio Francisco d'Oliveira Conde, em Rio
Branco, mas passou mal e foi internado no Hospital Santa Casa. O
diretor do Iapen, Dirceu Augusto, afirma que após Pascoal receber alta no
hospital, será encaminhado para o sistema penitenciário.
A morte do adolescente ocorreu em
1996, quando Wilde Firmino foi torturado para dar informações sobre o paradeiro
do pai, Agilson Firmino, conhecido como Baiano. A denúncia da morte do garoto,
porém, só ocorreu em 1999. O processo demorou dez anos para ser julgado e em
2009, Pascoal foi condenado a 20 anos de reclusão.
O promotor do Ministério Público
Estadual (MPE-AC) que acompanha o caso, Leandro Portela, explica que o tempo
entre o julgamento e a expedição do mandado de prisão, este ano, é devido aos
recursos apresentados por Pedro Pascoal.
"É tanto recurso no Brasil,
que infelizmente demora. Da data da denúncia até conseguir julgar, passaram-se
dez anos. Depois que julgou, em cinco foram julgados todos os recursos. Mas o
crime não prescreveu e agora ele tem que cumprir pena. Esse é o processo que
faz jus àquela expressão, 'a Justiça tarda, mas não falha'. Agora é pagar pelo
crime que cometeu. Ele não é mais acusado, é condenado", afirma Portela.
Segundo o promotor, o MPE
pretende ainda entrar com um processo para que Pascoal perca seu cargo como
Policial Militar. "Agora o MP vai manejar uma ação junto ao Tribunal para
a expulsão dele da Polícia Militar, para que ele não receba mais o salário. Não
há mais discussão contra o fato, porque ele já é condenado, agora é a questão
dele perder o cargo e o salário", diz.
Caso Baiano
O ex-deputado Hildebrando Pascoal foi condenado em 2009 a 18 anos de reclusão pela morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos, conhecido como "Baiano", que foi torturado e teve o corpo cortado com o uso de uma motosserra em setembro de 1996, em um caso que ficou conhecido como "crime da motosserra".
O ex-deputado Hildebrando Pascoal foi condenado em 2009 a 18 anos de reclusão pela morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos, conhecido como "Baiano", que foi torturado e teve o corpo cortado com o uso de uma motosserra em setembro de 1996, em um caso que ficou conhecido como "crime da motosserra".
O crime foi cometido por
vingança. De acordo com o promotor Leandro Portela, o fato inicial foi a morte
de Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando. Agilson teria ajudado na fuga do
assassino do irmão do ex-deputado federal. "Eles estavam atrás do Baiano
para conseguir informações de onde estava a pessoa que matou o irmão do
Hildebrando. Ao irem atrás do Baiano, foram na casa dele e pegaram esse menino
que foi torturado e morto. Depois o baiano foi capturado e foi morto
também", explica o promotor.
Hildebrando Pascal é acusado de
chefiar um grupo de extermínio no Acre e cumpre pena em Rio Branco por tráfico,
tentativa de homicídio e corrupção eleitoral.
Fonte: G1.com
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