Uma menina de 10 anos que,
segundo as investigações da Polícia Civil, teria sido estuprada pelo padrasto
na zona rural de Cruzeiro do Sul (AC), entrou no sétimo mês de gestação. Enquanto
isso, o padrasto da garota que prestou depoimento e confessou o crime, continua
em liberdade. Após análise do inquérito, a polícia decretou prisão preventiva
do suspeito.
Após a gravidez, a menina saiu da
casa onde morava com a mãe e o padrasto para viver com uma tia na zona urbana
de Cruzeiro do Sul. A partir do registro na polícia, a menor passou a receber
acompanhamento psicológico e médico durante as consultas do pré-natal.
“Eu nunca imaginava que uma
criança de 10 anos pudesse engravidar e agora aconteceu com a minha sobrinha.
Ela vive na minha casa e estou fazendo o possível para que tudo corra bem.
Apesar de ser uma criança que só vive brincando de boneca, ela está sendo muito
bem acompanhada e está tudo certo com a gravidez”, explicou a tia.
A tia da criança, que prefere não
se identificar, não segura as lágrimas ao lembrar a curiosidade dos vizinhos em
conhecer o caso. “As pessoas me chamam nas casas e ficam perguntando. Isso é
muito triste pra mim. Peço a Deus que tome de conta da pessoa que fez isso,
quero apenas que seja feita a vontade de Deus”, declarou durante entrevista.
A Polícia Civil, que já havia
indiciado o padrasto suspeito de estuprar a menina, pediu a prisão preventiva
dele nesta sexta-feira (11).
“Depois de algumas investigações,
que haviam sido iniciadas pela delegada do caso, nós analisamos o inquérito e
decidimos pedir a prisão preventiva. É um crime grave que está ocasionando
danos seríssimos à vida da criança e por isso cheguei a essa conclusão. Agora
fica a cargo da Justiça se concede ou não a prisão”, explicou o delegado
Roberto Lucena, que está respondendo temporariamente pela Delegacia de Proteção
ao Menor de Cruzeiro Do Sul.
Entenda o caso
Um homem de 32 anos, em maio
deste ano, foi indiciado pela Polícia Civil suspeito de abusar da sua enteada
de 10 anos. Na época, o homem confirmou para a polícia a autoria do crime, mas
como não foi uma prisão em flagrante ficou respondendo ao processo em
liberdade.
A mãe da vítima disse em
depoimento à Polícia Civil que não tinha conhecimento dos abusos sofridos pela
filha.
Matéria: G1.com
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