Os dirigentes de PSDC, PDT, PTN, PPL, PRB e PRP e os deputados eleitos
pelos seis partidos anunciaram na manhã desta quarta-feira (16), que não seguem
mais o comando do Partidos dos Trabalhadores (PT) e dos cardeais da Frente
Popular do Acre (FPA). Eles informaram ainda que caso seja confirmada da
expulsão do deputado federal Alan Rick (PRB), da coligação, todos os líderes
partidários e deputados entregarão os cargos e sairão da FPA.
Outra novidade é a criação de uma nova frente dentro da Frente Popular.
Os partidos nanicos anunciaram a formação da Frente Alternativa. De acordo com
o presidente do PDT, o ex-deputado Luiz Tchê, o objetivo é analisar melhor os
projetos do Governo do Acre que são encaminhados ao Poder Legislativo para
“votar de acordo com a vontade popular”. As criticas ao comando da FPA ganharam
destaque especial na coletiva dos partidos nanicos.
Segundo eles, as decisões políticas no últimos 17 anos de poder,
estariam sendo tomadas apenas por três dos 14 partidos que integram a FPA. O
deputado Eber Machado (PSDC) disse que repudia a tentativa de intervenção do
governador Sebastião Viana (PT) para destituir o diretório estadual de seu partido
no Acre. “Não estamos rachando com a Frente Popular, mas a partir de hoje vamos
exigir respeito e maior participação nas decisões políticas da coligação”.
Revoltados, os dirigentes informam que qualquer tipo de retaliação por
parte do alto clero petista, os partidos entregam os cargos e seguirão um
projeto alternativo. A reivindicação maior é que o poder estaria sendo dividido
apenas por PT, PCdoB e PSB. Luiz Tchê destaca que o PCdoB é o segundo partido
na hierarquia da coligação, ocupando mais de 500 cargos, enquanto os seis
partidos que conquistaram 127 mil votos não teriam 10% dos cargos dos
comunistas.
O deputado estadual Raimundinho da Saúde (PTN) destaca que não se trata
de um racha, mas uma decisão para fortalecer os partidos pequenos da coligação e
fazer uma divisão igualitária das decisões políticas. “Nós não sentaremos de
forma individual para conversar sobre política com o governador. Não
aceitaremos convites individuais. Só falaremos de política no conjunto da nova
frente que está sendo criada, este é um ponto pactuado entre os partidos”.
O vice-presidente da Aleac, Eber Machado e o presidente do PRB, Manoel
Marcos foram um mais incisivos nos posicionamentos conta o PT e seus cardeais.
Questionados sobre uma possível retaliação do governo do Acre, os líderes
nanicos afirmaram com veemência que qualquer ato contra Machado e Marcos, serão
rechaçados pelo bloco partidário. Outra decisão é que eles não abrem mão de
indicar o vice na chapa de Marcus Viana (PT), na disputa de Rio Branco.
“A criação deste bloco significa a unidade dos seis partidos e dos sete
deputados eleitos por eles. Se hoje a FPA completa 17 anos de poder é porque
estes partidos são os principais responsáveis por estas vitórias”, disse
Machado, ao destacar que a unidade dos nanicos também vai acontecer no interior
do Estado. Mesmo afirmando que não se trata de um racha, os nanicos deixaram
claro que não seguirão mais o comando do PT, aceitando todas as decisões
tomadas por seus cardeais.
Ac24horas
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