Representantes dos sindicatos de servidores da Saúde e Educação reuniram
a imprensa na manhã desta quarta-feira, 21 de outubro, na sede da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), para denunciar descontos indevidos que estariam sendo
feitos nos salários de servidores estaduais. A possibilidade de uma greve geral
também não foi descartada por eles.
Segundo os
líderes sindicais, a pasta da saúde têm reduzido em até 50% as escalas e
plantões, prejudicando, inclusive, serviços realizados em Unidades de Terapia
Intensiva (UTIs) e Emergências. Já na educação, trabalhadores têm sofrido com a
diminuição do número de complementação de horas, as chamadas “dobras”.
Outro ponto
tocado pelos sindicalistas é a dificuldade dos servidores na hora de acessar os
contracheques, situação que sugere uma estratégia para que os funcionários não
saibam, a tempo de reclamar, dos cortes nas remunerações do mês.
“A
possibilidade de paralisação é real. Já estamos fazendo as visitas de
mobilização nas unidades. É uma forma de dizer: ‘Ei, governo! Não estamos
satisfeitos com o que o Estado está nos oferecendo’. E o que ele está nos
oferecendo? Os descontos nos contracheques em função de faltas em anos
anteriores, que variam de R$ 400 a R$ 1.000”, diz a presidente do Sindicato dos
Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Estado do
Acre (SPATE/AC), Maria Rosa Silva.
Ainda
segunda a sindicalista, outra questão é o ponto dos trabalhadores que, “quando
batido com dez minutos de atraso, já não aceita mais, e é dado como falta. O
governo reduziu os plantões extras em quantidade, mas não substituíram os
trabalhadores. Isso trouxe prejuízo para os trabalhadores e para os usuários do
SUS”, denuncia.
Para a
presidente a CUT, Rosana Nascimento, é preciso acabar com a luxúria dentro do
governo. Ela acredita que o estado precisa cortar gastos onde realmente é
necessário, e investir mais nas áreas da Saúde e Educação, o que, para ela, são
áreas essências num contexto de Estado.
“Primeiro
que a providencia é garantir o direito do trabalhador. E segundo, vamos chamar
outros seguimentos. É uma estratégia que o governo do estado tem usado para
tirar dinheiro do trabalhador e sanar compromissos com outros setores, e isso
nós não podemos aceitar. O trabalhador não pode pagar a conta. Tem que manter o
salário dos trabalhadores e para fazer isso é preciso cortar a gordura”,
acredita a sindicalista.
Ac24horas
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