Em
fevereiro de 2010, o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (DERACRE),
pagou um valor médio de R$ 2 milhões por quilômetro de asfalto num sub-trecho
na região do Bom Futuro/Liberdade, na BR-364. Para mostrar o tamanho da
disparidade de preço, o DNIT pagou R$ 314 mil por quilômetro em trechos da
mesma rodovia e da BR-317, no Acre.
Em
entrevista ao programa Espaço Brasília, na Amazon Sat, na noite desta
quarta-feira, 20, o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), reconheceu
que no Acre o preço da estrada “é caríssimo” ao falar sobre a construção da
rodovia que liga a capital do estado à cidade de Cruzeiro do Sul.
“Eu
digo sempre que no Acre e em algumas regiões da Amazônia não dá pra fazer
estrada boa. Dá pra fazer estrada razoável. Não dá pra fazer estrada barata, só
da pra fazer estrada cara, mas tem que ser feita”, disse. Ele não referiu a
comparação de preços pagos entre o governo do Acre e o DNIT.
Ciente
da realidade geográfica da obra, Viana não mostrou empolgação com a qualidade
da rodovia, mesmo após ela estar pronta até o final deste ano, como promete seu
irmão, o governador Sebastião Viana. Para ele, mesmo após concluída a obra vai
continuar apresentando problemas.
“É uma
estrada muito difícil de fazer, porque pedra tem que vir de perto da Colômbia e
Asfalto de Manaus. Então o custo é caríssimo e assim mesmo se faz uma estrada
precária. A estrada não é boa e a manutenção tem que ser permanente. Começou
com o Orleir. Depois foi comigo, com a ajuda do ex-presidente Fernando
Henrique. Depois mais quatro anos com ex-governador Binho e agora mais quatro
com o governador Tião”, disse ele ao comparar o trecho entre Rio Branco e
Cruzeiro do Sul, com a construção dos 860 km da BR-319, que liga Porto Velho a
Manaus, que o governo federal promete entregar no final de 2013.
Fonte: Jornal Ac24horas
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