Abandono,
celas superlotadas, falta de profissionais, atraso em aluguel. É assim, em
situação precária, que funciona o Centro Sócioeducativo do Estado, no município
de Feijó.
O
descaso foi constatado durante visita de uma comissão de vereadores do município
ao prédio do órgão.
As
dificuldades de estrutura da unidade começam pela internação. As celas com
capacidade para oito reeducandos estariam abarrotadas, com até 13 menores.
A área
de esportes está abandonada e tomada pelo mato. A piscina, que até o ano
passado era usada pelos menores, há meses não passa por uma limpeza. Com
a água suja e, totalmente, contaminada o local é um criadouro do mosquito da
dengue.
Ainda
segundo denúncias, o número de servidores na unidade é insuficiente. Falta até
psicólogo, profissional de extrema importância num centro destinado a atender
reeducandos.
“É um
descaso total. Lá ta um matagal só. Vamos procurar junto à prefeitura ajudar
para fazer a limpeza do local”, disse a vereadora Matilde (PSDB).
E para
completar a série de descaso, o governo está com uma dívida do aluguel do
prédio no valor de R$ 60 mil, e não há previsão de pagamento.
Direção
do Ise nega abandono, mas admite atraso no aluguel
Através
de sua assessoria de Imprensa o Instituto Sócioeducativo negou superlotação nas
celas, falta de servidores e prédio abandonado, mas admitiu atraso no aluguel
da instituição.
Ainda
segundo a assessoria, o Instituto Sócioeducativo irá funcionar em uma sede
própria, num prédio que é construído pelo governo do Estado na cidade.
“O Ise
espera um repasse do governo federal para inaugurar as novas instalações no
município”, disse a assessora de imprensa do órgão, Brenna Amancio.
Apesar
das imagens que comprovam o terreno tomado pelo mato, a direção do Instituto
Sócioducativo diz que o terreno “é limpo sempre,”. Já a piscina foi realmente
abandonada. Mas para o Instituto “isolada”.
Sobre
a insuficiência de servidores e lotação das celas, o órgão informou que há
servidores suficientes para atender a quantidade de menores.
“É um
uma das unidades mais tranqüilas do instituto no estado. Não existe
superlotação. São poucos adolescentes por celas”, completou a assessora.
Fonte: Jornal Ac24horas
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