Os
associados da BBom devem guardar os comprovantes de investimentos para
conseguirem reaver ao menos parte do dinheiro que colocaram no negócio, alerta
o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO). Os lucros prometidos, porém,
não serão pagos, esclarece o órgão.
A
BBom é apresentada como o braço de marketing multinível da Embrasystem, que
atua no mercado de rastreamento. Em pouco mais de três meses, o negócio atraiu
cerca de 300 mil revendedores, que pagavam taxas de adesão de R$ 600 a 3 mil –
cada pessoa poderia comprar mais de um pacote.
A BBom
é apresentada como o braço de marketing multinível da Embrasystem, que atua no
mercado de rastreamento
No
último dia 10, a Justiça determinou o congelamento de R$ 300 milhões que estão
nas contas da contas da Embrasystem , da BBrasil Organizações e Métodos – outra
empresa do grupo – e dos proprietários. Também foram proibidas as
transferências de mais de cem carros, incluindo quatro Lamborghinis.
A
medida, entretanto, também congelou o dinheiro colocado pelos revendedores no
negócio. Segundo a procuradora da República em Goiás Mariane Oliveira, ao menos
um revendedor apostou R$ 200 mil.
Desde
então, o MPF-GO tem sido procurado por várias pessoas, muitas descontentes com
a medida. O órgão esclarece, porém, que o objetivo do bloqueio é permitir a
devolução de ao menos parte do dinheiro a quem investiu de "de boa
fé" na empresa.
Para
tanto, os procuradores pedirão à Justiça que obrigue a BBom a apresentar
"a relação dos associados que adquiriram pacotes, os valores pagos e dados
pessoais, para futuro ressarcimento, proporcionalmente ao que foi
bloqueado".
Se a
empresa for condenada, os valores bloqueados vão ser rateados entre os
revendedores durante a fase de execução da ação.
"Num
primeiro momento a medida parece antipática, mas depois vão nos
agradecer", diz Mariane Oliveira, procuradora da República em Goiás.
Estratégia
de semelhante à Telexfreee
O
modelo adotado pelo MPF-GO e pelo MP-GO é o mesmo usado pelo Ministério Público
do Acre (MP-AC) contra a Telexfree . Também suspeita de ser uma pirâmide
financeira, a empresa está com as contas congeladas desde 18 de junho.
Estima-se que entre 450 mil e 600 mil pessoas tenham dinheiro parado nela.
m
ambos os casos, entretanto, é pouco provável que os recursos bloqueados sejam
suficientes para ressarcir tudo o que foi investido.
Os
representantes da BBom e da Telexfree sempre negaram qualquer irregularidade
nos negócios.
Fonte: Contilnet
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