O Ministério Público do Acre
abriu um procedimento para apurar a denúncia de tortura e espancamento
praticado por agentes penitenciários contra o preso W.F.S., 28, ocorrido há
cerca de três meses dentro do presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves.
O
presidiário está internado no leito 72 da clínica médica masculina do Hospital
de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB), desde o dia dos fatos. De
acordo com informações médicas, devido às agressões o reeducando perdeu a visão
e está com um lado do corpo paralisado.
Segundo
a promotora da Promotoria de Execuções Penais do Ministério Público, Laura
Miranda Braz, a vítima relatou que foi espancada em três ocasiões, uma das
vezes quatro agentes penitenciários participaram das agressões, nas outras duas
vezes, três agentes promoveram a sessões de tortura e espancamento.
Ainda
de acordo com relatos da vítima, as agressões teriam acontecido porque ele
seria membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e que
estaria ameaçando os carcereiros, o que ele nega veementemente.
A
promotora disse que após ouvir os relatos da vítima o Ministério Público estará
instaurando procedimento para apurar as denúncias.
“Assim
que tomamos conhecimento viemos ao Pronto Socorro para colher as declarações da
vítima, registramos tudo por meio de fotografias e partir de agora daremos
inicio aos procedimentos legais. A vítima afirma que foi espancada por agentes
penitenciários, por supostamente ser membro do PCC e que estaria ameaçando um
agente penitenciário, mas ele nega”, disse Laura Braz.
Atuarão
no caso as promotorias de Execuções Penais, sob o comando de Laura Braz e do
Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização de Presídios, que tem a
frente o promotor Dayan Albuquerque.
A
promotora Laura Miranda Braz esteve hoje no Pronto Socorro do Hospital de
Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB) visitando o presidiário. Segundo
ela, “Não é porque ele tem uma pena a cumprir que deve ser tratado dessa forma;
torturas não serão admitidas, de forma alguma, pelo Ministério Público”.
O
MPAC vai solicitar informações da direção do presídio, e deu parecer favorável
para que W.F.S cumpra pena em regime domiciliar.
Fonte: Jornal Ac24horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário