A equipe de futsal do Madureira,
da cidade de Sena Madureira, perdeu seu capitão, Paulo Henrique de Lima
Mendonça (Paulinho do Bita), para as drogas. O jogador foi preso em flagrante
na manhã desta quinta-feira (17), por volta das 11h, na casa de uma tia, naquele
município, localizado a cerca de 152 km de Rio Branco, capital do estado,
portando 851 gramas de cocaína. Boa parte do entorpecente estava embalada em
618 pinos, situação que foi considerada inédita pelos policiais militares do
Núcleo de Inteligência do 8º Batalhão da PM, responsáveis pela prisão.
Por telefone, o major Sérgio
Moncada, que coordenou a operação, disse ao GloboEsporte.com que Paulo Henrique
já era monitorado há quase dois anos, mas não tinha passagem pela polícia.
- A prisão foi resultado de uma
investigação de quase dois anos, mais ou menos. Esse ano soubemos que estava
mexendo com a droga, trazendo para a cidade, mas ainda não tínhamos conseguido
flagrar. De uns dois meses para cá conseguimos confirmar quem estava trazendo o
material para cá. Mas não sabemos se ele estava trazendo de Rio Branco ou de
Cruzeiro do Sul - explicou o oficial.
O major destacou que a embalagem
do tipo pino foi apreendida pela primeira vez no estado.
- É um material que eles estão
usando que é a primeira vez que é apreendido aqui no Acre. É um pino que tem
uma tampinha, uma ponta fina. É muita facilidade de colocar, de transportar sem
ter a necessidade colocar em saquinho. Foram 618 encontradas com ele na casa -
relatou Moncada.
Segundo o policial, apesar do monitoramento
do Núcleo de Inteligência ter sido feito por quase dois anos, o jogador não
possui nenhum tipo de conduta que o levasse anteriormente a ter sido fichado
pela polícia.
- Ele nunca guardou o material
com ele. Guardava na casa de uma tia dele que é deficiente, que mora ao lado da
sua casa. Ela nem sabia o que se passava. Tanto que autorizou a entrada da
polícia acreditando que nada seria encontrado. Ele guardava dentro de potes,
dentro do armário, em cima do forro, mas não tinha sido preso ainda - informou
o major.
'É uma tragédia', diz presidente do Madureira
O GloboEsporte.com conversou, por
telefone, com o presidente do Madureira, Antônio Pereira de Almeida. O
mandatário considerou trágico o acontecimento com o líder do seu time e
ressaltou que o atleta tinha excelente relação com todos do clube, tanto dentro
quanto fora das quadras.
- É uma tragédia o que aconteceu.
Eu não posso passar por muito vexame nem muita tristeza, porque tenho problema
no coração. Já adoeci e fiquei bom, mas estou tomando medicamentos. A conduta
dele é muito boa no grupo, na relação com seu treinador, com seus companheiros,
com a diretoria, com o presidente. É um rapaz muito bom. Não imaginávamos uma
situação como essa porque nunca teve nenhum comentário a respeito. Ele tinha
uma ótima relação com todos, não sei o que aconteceu - afirmou.
Antônio Pereira lamenta não poder
dar suporte ao atleta, que estava sendo o capitão do time no Campeonato
Estadual de Futsal da 1ª Divisão. Segundo ele, o clube não tem condições para
isso. O presidente comentou ainda não saber qual seria a reação da equipe
na partida contra a AABB, agendada para esta quinta-feira, pela competição.
- O clube não pode dar nenhum
apoio porque não temos condições. Até agora ninguém conversou nada a respeito nem
com o técnico. Nosso time é bom, a gente vai jogar. Não sei como vai ser a
reação do time com essa tragédia que aconteceu, mas vamos entrar em quadra e
veremos o que vai dar - encerrou.
Fonte: G1.com/Acre
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