Uma moradora de Bauru, SP, perdeu quase R$ 5 mil após cair
em um novo golpe: o empréstimo pessoal pela internet. Antes de liberar o
suposto financiamento, os estelionatários exigem que as pessoas interessadas
façam depósitos em contas corrente abertas em agências bancárias da capital.
Segundo a vítima, o prejuízo foi
causado após a filha de 18 anos ter sido atraída por uma oferta de crédito
fácil pela rede de computadores. No entanto, para receber o valor que queria,
vários depósitos tiveram que ser feitos na conta da suposta financeira.
“Primeiro eles pediam dinheiro para trâmites de cartório. Depois, quando ligávamos
para saber do valor, eles informavam que mais um depósito tinha que ser feito.
Eles chegaram até a fazer um depósito falso que era somente visto no extrato”,
alega.
O empréstimo era de R$ 9 mil,
mas, após seguir as exigências dos golpistas, a vítima fez 11 depósitos que
totalizaram quase R$ 5 mil. Ou seja, a mulher pagava para receber o crédito.
O site que a jovem acessou usava o nome de uma financeira fictícia. Os golpistas enviavam e-mail com o nome do banco, agência e conta para os depósitos. A conta corrente tinha até o nome e sobrenome, também falsos.
O site que a jovem acessou usava o nome de uma financeira fictícia. Os golpistas enviavam e-mail com o nome do banco, agência e conta para os depósitos. A conta corrente tinha até o nome e sobrenome, também falsos.
Para o advogado criminalista
procurado pela família, José Roberto Mattos, é quase impossível localizar os
estelionatários. “Esta é uma situação onde não há absolutamente nada a se fazer
já que todos os documentos de identificação dos suspeitos são falsos. Após
retirar o dinheiro do banco, a conta é encerrada e essas pessoas somem do
mapa”, afirma.
O site da financeira fictícia que
conseguiu tirar quase R$ 5 mil de uma das vítimas não existe mais. Os números
de telefones fixos e celulares também não.
Como não “cair”
O advogado de direito do consumidor, Fernando Targa, orienta que o interessado
em empréstimos siga algumas orientações antes de solicitar o serviço. “O
consumidor deve verificar se a empresa possui CNPJ, endereço e call center. Se
for um site, é preciso constar possui ferramentas de reclamação, política de
privacidade e um cadeado no canto direito na tela que indica segurança.”
Para o delegado da Polícia Civil,
Márcio José Alves, as pessoas caem nesse tipo de golpe porque a oferta do
estelionatário parece ser sempre vantajosa. “Nos bancos, as vítimas devem
apresentar vários documentos e com os golpistas, há a impressão de mais
vantagens que as agências não oferecem”.
O delegado orienta que as vítimas
façam boletim de ocorrência. “Com o registro policial, o setor de inteligência
da polícia começa a focar as ações e, quando há uma maior incidência de um
determinado caso, as investigações são direcionadas”, acrescenta.
Fonte: G1.com
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