A novela que cerca a liberação
das atividades da empresa Ympactus (que atuava no Brasil sob o nome fantasia
Telexfree), impedida de atuar por causa da suspeita de ser uma pirâmide
financeira, ganha novo capítulo.
É que o radialista Aerci Areal
OLM, vindo da cidade de Chapecó, município de Santa Catarina, há 3.573 km de
Rio Branco, está realizando um ato de protesto em frente ao Fórum Barão do Rio
Branco, região central da capital.
Segundo ele, o objetivo não é, a
curto prazo, a liberação das atividades da empresa no país: o que ele deseja é
a liberação dos investimentos daqueles que não tiveram lucro ou retorno com a
empresa.
Ele conta ao jornalismo da
ContilNet que fez um financiamento no banco e investiu R$ 35 mil na empresa.
Como se tratava de 11 contas, com um retorno mensal de R$ 800, em um ano Aerci
ganharia em torno de R$ 105 mil (R$ 8.800 por mês).
Aerci está acorrentado em frente
ao fórum e, segundo ele, o ato teve hora para começar, às 7 da manhã, mas não tem
hora para acabar.
“Em primeira instância,
agradecemos a oportunidade de estarmos aqui. Nós temos um propósito, que é o de
tocar o coração das pessoas que são responsáveis pelo caso. São pessoas com
muito poder, e com uma assinatura resolveriam os problemas de muitas pessoas”,
conta, sobre o ato.
Aerci conta também sobre os
desafios da viagem até o Acre e fala da realização de uma campanha na internet
para conseguir donativos para sua vinda.
“Para estarmos aqui, tivemos
muitos desafios; moramos mais ou menos a mais de 3.000 quilômetros de distância
daqui de Rio Branco, e nós fizemos uma campanha na internet pedindo auxílio
literal - e não me envergonho disto -, e tivemos muitos depósitos na
importância de R$ 1. Acabamos por perceber que existem muitas pessoas na zona
de desespero e que ainda assim encontraram forças para nos auxiliar, mesmo na
importância de R$ 1”.
Em virtude de toda a repercussão
que já ronda o ato de Aerci, ele afirma que seu objetivo não é atrapalhar as
investigações.
“Nós não queremos intervir nos
trâmites da Justiça; se é necessário continuar o processo, que assim continue.
O que nós queremos é que os valores do povo que investiu 1, 2 ou 3 semanas
antes do bloqueio sejam reavidos”.
Ele conta que “muitos se
desfizeram de casas e bens”, e cita seu exemplo, já que fez um financiamento em
um banco para investir na empresa. Agora, o que resta a Aerci é honrar seus
compromissos com o banco, como ele mesmo conta.
“Eu, particularmente, por
exemplo, fiz um financiamento no banco, porque parecia óbvio: com o fruto de
muito trabalho você seria recompensado”.
Sobre a ordem de parada do ato,
Aerci é categórico.
“Vocês [apontado para as pessoas
que o acompanham] só destravem os quatro cadeados se eu estiver desmaiado”.
A expectativa é grande em torno
do manifesto realizado por Aerci. Informações dão conta de que investidores de
outras localidades do Brasil já estão se dirigindo ao Acre para reforçar o ato.
Fonte: Contilnet
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