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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DE OLHO EM 2014 DILMA JÁ COMEÇOU A MUDANÇA. E EM TARAUACÁ QUANDO SERÁ?

Aloizio Mercadante vai começar na sexta-feira (24) a fazer sua mudança para o Palácio do Planalto, onde vai ocupar a Casa Civil. Essa substituição e mais as vagas abertas para o PTB, PROS, e mais espaço ao PSD e PMDB, são indicativos de que a presidente Dilma quer mais política no governo neste ano de campanha à reeleição. Assim ela assegura a presença de dez partidos em seu palanque. A ministra Gleisi Hoffmann volta de férias na sexta para dar início à transição de tarefas para Mercadante. A partir daí, ele terá uma sala no quarto andar do Palácio do Planalto para fazer as reuniões necessárias antes de ser empossado.
A transferência de Mercadante foi acertada no fim de semana, mas as mudanças na equipe só serão efetivadas no dia 30 de janeiro, quando a presidente voltar da viagem que fará a Davos (Suíça), a partir de quarta-feira e, depois, a Cuba. As conversas estão sendo feitas, mas algumas substituições estão definidas: o PMDB deve ficar com a Secretaria dos Portos. Para isso, terá de abrir mão do Ministério do Turismo, onde será abrigado um representante do PTB, partido que volta ao ministério com a indicação de Benito Gama.
O PSD de Gilberto Kassab vai ganhar mais espaço com a indicação de um nome para o Ministério de Ciência e Tecnologia; e o PROS deve ficar com a Integração Nacional, com Francisco Teixeira, sob as bênçãos dos irmãos Gomes, do Ceará. A presidente Dilma Rousseff quer manter Henrique Paim no Ministério da Educação (ele é o secretário-executivo da pasta) e indicar Arthur Chioro para o Ministério da Saúde, no lugar de Alexandre Padilha, que vai disputar o governo de São Paulo. Para o Ministério da Indústria e Comércio, a indicação é de Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Ele é filiado ao PMDB, mas sua nomeação seria na cota pessoal da presidente.
Com Mercadante na Casa Civil, o governo passa a ter uma outra configuração. Muito próximo à presidente Dilma, ele é apontado como um gestor (já foi ministro da Ciência e Tecnologia e da Educação) mas, é sobretudo, um político no centro do governo. Ele foi se fortalecendo junto à presidente nos últimos meses e ganhando mais espaço, a ponto de conduzir conversas políticas em nome dela. No momento em que assumir a Casa Civil, ele terá ainda mais atribuições – além de ser o gerente do governo, será também um emissário da presidente para assuntos também da política.
Até aqui, Mercadante era o representante de Dilma nas reuniões quinzenais do PR para articulação da campanha deste anos – tanto da reeleição como alianças com os demais partidos e palanques estaduais. Agora, ele poderá ser substituído por outro petista nestas reuniões. Um nome cotado é o de Paulo Bernardo, ministro das Comunicações.

As mudanças definidas até aqui pela presidente indicam que ela está de olho nas eleições de outubro. Mas a escolha de Mercadante pode indicar que, se vencer a eleição, ele continuará no posto, cumprindo o papel de “Dilmo da Dilma” – o gerente do governo no segundo mandato, buscando de cacifar para disputar as eleições em 2018, caso a vaga esteja aberta – e não seja desde já reservada ao ex-presidente Lula.
Fonte: G1.com

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