O Delegado de Policia Civil
Samuel Mendes trabalha no pedido de prisão preventiva de dez suspeitos de
assassinar José Eregue, detento que amanheceu morto em uma das celas da
Delegacia na cidade de Tarauacá, município localizado na região central do
estado. Durante todo o dia de quinta-feira (25) foi grande a movimentação de
parentes e curiosos pegos de surpresa pela violência.
Segundo o delegado, a Policia
recebeu um número recorde de ocorrências que foram superlotando as únicas três
celas disponíveis na delegacia. Mais de 30 pessoas foram detidas por causa de
confusões nas festas de comemoração do centenário de Tarauacá.
Na cela onde estava José Eregue,
outros dez detentos foram encarcerados. Nenhum deles assumiu a autoria do crime
que aconteceu durante a madrugada. Em outra cela, um senhor identificado como
Sebastião foi espancado e por muito pouco não morreu. Ele foi encaminhado ás
pressas para o Hospital Geral da cidade e não corre risco de morte.
Segundo o agente de policia civil
Gilzete Farias de Souza, plantonista da noite, o mecanismo investigatório que
apura os delitos praticados dentro da Delegacia só foi iniciado após as 10
horas da manhã de quinta-feira depois da chegada de peritos vindos da cidade de
Cruzeiro do Sul.
“Aqui só temos quatro policiais
civis. A Policia não tem peritos e nem médico legista, tudo depende de Cruzeiro
do Sul”, disse o agente.
Em entrevista gravada por
telefone o policial apontou outros elementos que podem dificultar a resolução
do caso, entre eles, a falta de estrutura no sistema de segurança pública. “O
agente de plantão, Lindomar Araújo, não sabe pegar em uma caneta, todos os
procedimentos tiveram que ser refeitos. Ele veio tirar plantão doente, porque
não tinha ninguém”, revelou.
O
corpo de Eregue foi encaminhado para realização de necropsia no IML de Cruzeiro
do Sul. Até a madrugada de hoje ainda não tinha sido liberado. A família está
revoltada.
Fonte: Ac24horas
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