A mãe da manicure Suzana de
Oliveira, de 22 anos, suspeita de matar o menino João Felipe Eiras
Bichara, de seis anos, entregou nesta segunda-feira (1º) ao
delegado José Mário Salomão, da Delegacia de Barra do Piraí (88ª DP), um
caderno com anotações feitas pela filha premeditando a morte da criança. Em um
trecho da carta, supostamente direcionado à mãe da vítima, a manicure diz que
“se você envolver mais alguém ou a polícia, seu filho vai pra você morto e
picado em pedaços”.
Embora a carta sugira que a
intenção da manicure era sequestrar João Felipe e conseguir o valor de R$ 300
mil pelo resgate, o delegado diz acreditar que a verdadeira intenção da
suspeita era matar o menino.
Taxista diz se sentir culpado
O taxista Rafael Fernandes se
culpa por ter levado a manicure Susana do Carmo de Oliveira até a escola de
João Felipe. Sem conhecer os planos de Susana, Rafael ainda deixou os dois em
um hotel no centro de Barra do Piraí, no sul fluminense.
Lá, segundo a polícia, a manicure
usou uma toalha para asfixiar João Felipe. Após ligar para o colégio se
passando pela mãe do garoto, a manicure foi apanhá-lo no táxi de Rafael. A
pedido de Susana, ele chegou a entrar na escola para pegar o menino.
— O sentimento é de culpa, culpa.
Eu tirei ele de dentro do colégio. Ele me estendeu a mão. Ele nem me conhecia e
ele estendeu a mão. Eu tirei ele de dentro do colégio e botei ele dentro do
carro. Ela estava falando ao celular e, quando eu parei em frente ao portão da
escola, ela falou:
“Olha o João ali, você pega ele
pra mim”.
De acordo com Rafael, a manicure,
que era amiga dos pais de João Felipe, demonstrou intimidade com o garoto
durante todo o percurso. Para justificar o desembarque no hotel, Susana disse a
ele que apartamento dela estava passando por obras.
— Eles foram brincando do
percurso do colégio até o hotel. E indo para o hotel, ela tinha dito que estava
hospedada no hotel porque o apartamento dela estava pintando.
Taxista armou emboscada para assassina
Susana usou um segundo taxista
para tirar o corpo da criança do hotel. Mas foi Rafael quem entregou a manicure
para polícia. Ele conta que ficou sabendo por um colega que o garoto estava
desaparecido. Rafael, que costuma gravar os números de telefone dos passageiros
em seu celular, resolveu armar uma emboscada para a assassina.
— Eu liguei e ela falou: “eu
posso confiar em você mesmo?” Eu falei: “pode confiar”. Aí falou: “está bom, eu
estou no morro do gama”. Aí, retornei o carro, subi, e encontrei ela nesse
bairro. Foi quando botei ela no carro e falei: “entra”. Depois que ela entrou
no carro, eu travei a porta e fui embora.
A manicure, que está presa no Complexo Penitenciário de
Bangu, zona oeste do Rio, já deu cinco versões para o crime. Em
uma delas, Susana diz que matou o menino para se vingar do pai, com quem teria
um relacionamento.
Com base nas imagens de segurança do hotel, o titular da Delegacia de Barra do Piraí (88ª DP), José Mário Omena, diz não ter mais nenhuma dúvida de que a manicure agiu sozinha.
— Os indícios apontam pra um crime passional praticado por uma pessoa que não tem o menor compromisso com a vida, com o sentimento de ninguém
Com base nas imagens de segurança do hotel, o titular da Delegacia de Barra do Piraí (88ª DP), José Mário Omena, diz não ter mais nenhuma dúvida de que a manicure agiu sozinha.
— Os indícios apontam pra um crime passional praticado por uma pessoa que não tem o menor compromisso com a vida, com o sentimento de ninguém
Fonte: Ecosdanoticia
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