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quinta-feira, 4 de abril de 2013

COPA DO BRASIL: COM ARENA DA FLORESTA LOTADO, INTERNACIONAL ELIMINA RIO BRANCO COM GOL NOS ACRÉSCIMOS

Foi um jogo brigado, repleto de faltas e cheio de discussões até o último instantes. Nesse panorama, o Inter conseguiu superar o Rio Branco por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, na Arena da Floresta, em Rio Branco, no Acre. O suficiente para garantir a vaga para a segunda fase da Copa do Brasil.
Depois de um primeiro tempo equilibrado, onde o Colorado perdeu D’Alessandro, que foi expulso junto com Testinha em uma confusão aos 24 minutos, o Inter ganhou no fôlego e cresceu na partida a partir do ingresso de Caio, autor do primeiro gol. Aos 48, o atacante ainda sofreu o pênalti, anotado por Diego Forlán.
Agora, o Inter aguarda o adversário da segunda fase, entre Guarani e Juazeiro e Santa Cruz. No jogo de ida, o time de Pernambuco venceu fora de casa por 2 a 1. O duelo decisivo será na próxima quarta-feira, no Arruda.
Enquanto isso, o clube gaúcho volta a focar o Gauchão. Neste domingo, às 16h, enfrenta o Veranópolis no Antônio David Farina pela sexta rodada da Taça Farroupilha – segundo turno do estadual. O Colorado, líder do Grupo B com 13 pontos, já está classificado as quartas de final e pode poupar alguns jogadores. Já o Rio Branco, desclassificado na competição nacional, pega o Náuas pela 13ª rodada do Acreano. A equipe está em segundo com 16 pontos.
Jogo quente e D’Ale e Testinha são expulsos
Com o objetivo de construir o resultado o mais rápido possível, o Inter iniciou a partida no campo do Rio Branco. Logo no primeiro minuto, Diego Forlán recebeu lançamento de D’Alessandro e chutou de primeira. Douglas espalmou. Os gaúchos seguiam tentando furar o bloqueio acreano. Aos 13, foi a vez de o argentino ganhar o passe do atacante. De fora da área, ele avançou e bateu forte, mas a bola foi para fora, passando perto do gol dos mandantes.
O Rio Branco corria, se esforçava para equiparar as forças. Entretanto, o time confundiu a vontade com violência. Aos 22 minutos, Testinha perdeu a bola para D’Alessandro, que logo tocou para Josimar. Após o lance, o gringo, que já era provocado pelos jogadores do Estrelão há algum tempo, levou uma chegada de Testinha. Desta vez, o camisa 10 revidou e deixou o pé. Testinha se irritou e foi para cima de El Cabezón, o tocando no rosto. D’Ale caiu no gramado. O meia da equipe do Acre ainda colocou o dedo na cara do argentino.
Alan e Juan foram para cima de Testinha tirar satisfação. Ao perceber a aproximação dos colorados, Roby empurrou o rosto de Juan. Um princípio de confusão se estabeleceu, com jogadores dos dois times se provocando. A auxiliar Márcia Bezerra Caetano, que acompanhava o lance, entrou no gramado e avisou o árbitro Fledes Rodrigues Santos do conflito, que expulsou D’Ale e Testinha.
A saída dos dois atletas, os mais importantes das duas equipes, favoreceu aos acreanos. Aos 27, Roby invadiu a área, mas arrematou por cima do gol. E, o que parecia improvável antes da partida, se viu no gramado da Arena da Floresta. O Rio Branco começou a envolver o Inter, que não mais atacou. Aos 39, Muriel salvou os gaúchos. Roby tentou o chute de fora da área. A bola quicou e o goleiro colorado se esticou todo, cedendo o escanteio, no último lance importante do primeiro tempo.
Caio entra e muda o jogo
O Inter voltou para a segunda etapa como encerrou os 45 minutos iniciais. A ausência de D’Alessandro era sentida pelos gaúchos. Forlán e Rafael Moura não recebiam bola alguma. Dátolo se mostrava irritadiço e não conseguia organizar as jogadas. Fabrício tentava avançar, mas errava a maioria dos cruzamentos, enquanto Gabriel tinha mais incumbências de ajudar o sistema defensivo do que se aproximar dos homens de frente.
Aos 12 minutos, Dunga, até então sem esboçar reações, mostrou seu descontentamento com o pouco futebol. Após Forlán errar uma cobrança de falta, o técnico colocou as mãos no rosto. Dois minutos depois, a torcida do Rio Branco foi à loucura após Araújo Jordão arrancar em velocidade, driblar Josimar e tocar para Ismael, que chutou desviado. Muriel conseguiu segurar sem dificuldades.
As dificuldades apresentadas obrigaram Dunga a mudar. Ele sacou Rafael Moura, colocando Caio aos 16 minutos. E o técnico mostrou estrela. Logo em seu primeiro lance, três minutos depois, abriu o placar. Forlán bateu falta na cabeça de Juan, que tocou no meio da área. Caio se movimentou e deu um leve toque, sem chances para Douglas.
O Rio Branco não conseguia mais manter o ritmo. A equipe, para segurar o Inter, abusava das faltas. Ismael colecionava infrações. Aos 30, Forlán tentava arrancar em direção à área, mas foi derrubado por Erick, que levou cartão amarelo. O atacante, mesmo com a vantagem, mostrava inconformidade. Ao perder a bola para Pé de Ferro, viu Ley arrancando e o derrubado, também sendo advertido por Fledes Rodrigues Santos. Nos minutos finais, o que se viu foi os colorados tentando fazer o segundo para eliminar a partida de volta e os acreanos fechados atrás.
Aos 43, Caio teve a chance. Ele chutou forte, mas Douglas espalmou. As faltas do Rio Branco o puniram. Aos 47, o goleiro derrubou Caio na área. Forlán cobrou o pênalti e garantiu o Inter na segunda fase.
Um dia antes do aniversário de 104 anos, o placar necessário para a vaga serviu como presente ao Inter. Já a diretoria do Rio Branco saiu irritada com a arbitragem. Teve invasão de campo e discussão. Mas o placar já estava decretado: 2 a 0 para os gaúchos.
Fonte: Jornal Ac24horas

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