Os agentes de endemias que
trabalham nos municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues
Alves e Mâncio Lima,
no interior do Acre, realizaram uma manifestação para cobrar do governo e
municípios, a realização de um concurso público para funcionários efetivos.
Segundo o sindicato dos Agentes
Comunitários de Saúde e Endemias do Estado, os servidores são contratados por
uma empresa terceirizada e serão demitidos por exigência da justiça. A partir
da demissão, eles exigem do governo e das prefeituras, onde o setor de endemias
é municipalizado, a realização de concurso.
“A contratação efetiva é
regulamentada na Lei 8080/90 onde consta que os trabalhos de endemias têm que
ser contratados pelo estado ou município. Essa mobilização é para sensibilizar
o governo e o poder público municipal”, comenta Heleno Freitas, um dos
servidores que lideraram o movimento.
A manifestação contou com cerca
de 150 servidores. Eles estiveram no centro da cidade, onde usaram um carro de
som para expor publicamente a situação, depois seguiram em passeata até o
prédio onde funciona o setor de endemias. “Nós também estamos cobrando aumento
do vale alimentação, custeio de ajuda de campo e horas extras”, acrescenta
Raquel Cabral, presidente do sindicato da categoria.
Os manifestantes acamparam em
frente ao prédio onde trabalham, enquanto aguardavam o resultado de uma reunião
com uma comissão formada por eles e representantes do Governo do Estado.
A gerente de Endemias em Cruzeiro do
Sul, Simone Daniel, afirmou que o governo tem a intenção de resolver
o impasse e evitar uma possível paralisação, o que poderia trazer sérias
consequências ao trabalho de combate à malária, doença que continua sendo uma
epidemia na região. “Sabemos que se as ações de controle sofrer descontinuidade
vamos pagar o preço. O nosso objetivo maior é que haja um consenso e a gente
possa manter o trabalho”, conclui.
Fonte: G1.com
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