O principal desestímulo para
alguém ser professor de escola pública -pior do que os baixos salários- é a
violência.
Esse fato é reforçado por uma
pesquisa divulgada nesta semana pelo Data Popular e patrocinada pela Apeoesp
que mostra que quase metade dos professores da rede estadual paulista de ensino
sofreu algum tipo de violência ( física ou verbal). E quase a maioria
testemunhou algum tipo de violência, atribuída muitas vezes às drogas e ao
álcool.
É, sem exagero, um inferno. Nunca
seremos uma comunidade civilizada com escolas públicas incivilizadas.
Nem aluno nem professores
sentem-se acolhidos num espaço em que a violência é reflexo da falta de
pertencimento.
A solução passa -como já vimos em
outros países- pelo aprendizado da intermediação de conflitos e envolvimento da
comunidade, a começar da comunidade. Isso significa derrubar os muros das
escolas.
Por isso, vale a pena prestar
atenção no projeto lançado em algumas escolas públicas paulistas que coloca
professores comunitários para fazer a intermediação entre comunidade e escola.
A verdade é que o professor
sente-se vítima da violência. Assim como o aluno.
Fonte: Folha de São Paulo
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