O superintendente da Policia
Federal no Acre, Marcelo Salvio Rezende revelou em entrevista coletiva na manhã
desta sexta-feira, na sede do órgão no Acre, que o grupo de secretários de
estados, empreiteiros e servidores públicos presos durante a Operação G-7,
cartelizava as licitações públicas das obras do governo do Acre com o objetivo
de impedir a concorrência de outras empresas.
“Eles se tratavam como G-7. É um
grupo que atua especialmente na construção civil que se aliaram sob a forma de
cartel para dominar o mercado e afastar a concorrência. Com isso esse grupo
consegue dominar todas as licitações nessa área da construção civil”, disse.
O mandado de prisão e busca e
apreensão foi expedido pela juíza Denise Bonfim, do TJ/AC. O MPE teve acesso a
todas as investigações.
De acordo com o superintendente,
o grupo agia desde 2011, que foi quando teve inicio a Operação, no mês de
setembro. A data coincide com o primeiro ano da gestão do governador Sebastião
Viana.
“Eles mesmo se tratavam como G-7.
Era um grupo fechado”, revela o superintendente.
Tudo era feito através de um
esquema com a facilitação de secretários. O grupo desviou R$ 4 milhões, o
equivalente a 10% das obras do programa Ruas do Povo que seria executado no
município de Tarauacá.
A intenção do Grupo de
empreiteiros era atuar também na Cidade do Povo, com o objetivo de direcionar
as licitações, completou o superintendente.
Os recursos eram oriundos do
Estado e de convênios com o Sistema Único de Saúde. Era nesse esquema, o da
Saúde, que entraria um parente do governador Sebastião Viana (cargo
comissionado da Sesacre), que também está entre os presos.
O delegado Borscardi, da
Delegacia de Combate ao Crime Organizado não quis revelar os nomes dos presos,
mas acrescentou que o G-7 tinha a intenção “de se ampliar para G-8 e G-9”.
“Usamos interceptações
telefônicas, laudos periciais e policiais. As investigações vão continuar”,
disse.
Os prédios da Federação das
Indústrias e do Depasa foram lacrados para a perícia policial.
Os presos são apontados pela
prática de crime contra a ordem econômica, peculato, falsidade ideológica,
corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
Fonte: Jornal Ac24horas
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